Crítico duro, insistente, quase diário, de aspectos da política econômica, principalmente dos juros altos, quero hoje trazer, de público, meus cumprimentos ao governo, ao atual e ao ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega e Antônio Palocci, ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles e aos integrantes de suas equipes por esse feito extraordinário de, pela primeira vez na história, transformar o Brasil de país devedor em país credor.
Quero chamar a atenção dos meus leitores e companheiros para o fato acima - primeiro para a importância dele, depois para o quanto há de diferença entre o momento atual que vivemos depois de 5 anos de governo do PT em comparação com os 8 anos anteriores de governo tucano.
Vejam, chegar a esta situação neste momento não é pouca coisa, é um feito e tanto, porque o Brasil se torna credor no mundo, exatamente quando não dever, ter reservas e dívida interna bem administrada, fazem toda a diferença. Isto pode significar, entre vários outros pontos favoráveis, suportar a crise econômica mundial que se avizinha, devagar, mas se aproxima. Uma crise de tão difícil dimensão que os especialistas ou divergem quanto a seu tamanho e duração ou nem se arriscam a cravar que ela virá.
Mais do que isso, a situação a que chegamos é a garantia que podemos continuar a reduzir juros, crescer e atrair investimentos externos e empréstimos com juros baixos e prazos longos. É o coroamento, o fecho de uma situação que efetivamente nos permite, agora, mantidas nossas soberania e autonomia, termos o nosso projeto de desenvolvimento nacional.
O outro ponto que destaco é a diferença abismal entre a era FHC, dos tucanos, e a era Lula, do PT.
Ao término dos dois governos do PSDB devíamos no final de 2002 US$ 165,2 bilhões e tínhamos reservas de US$ 16,3 bilhões.
Ao entrarmos no sexto ano do PT à frente do poder no país, aquelas reservas de US$ 16,3 bilhões, excluídos os empréstimos do FMI saltaram para US$ 180,3 bi, possibilitando, em relação à dívida total e os ativos brasileiros no Exterior um superávit de US$ 4,4 bilhões de dólares.
Nos últimos anos o Governo Lula pagou antecipadamente, US$ 15,5 bilhões ao FMI, resgatou quase US$ 10 bilhões dos títulos emitidos na moratória dos anos 80 e US$ 2,6 bilhões ao Clube de Paris.
Realço a importância e a comparação porque isso só confirma o que eu e muitos outros petistas e integrantes do governo dizemos: essa história de que não mudou nada e que o governo do PT sempre segue as mesmas políticas - particularmente a econômica - do governo tucano é uma balela.
Eu sempre disse, isso só interessa à oposição, a eles tucanos. É por esta razão que há pouco, em propaganda veiculada na mídia, associaram o governo petista a xerox. Veja, se querem fixar na opinião pública esta idéia de que seguimos a política deles, PSDB, é uma coisa que só a eles interessa.
Hoje fica provado que a diferença entre um governo do PT e um governo tucano, é como a da água para o vinho.
Abri este comentário, o primeiro do blog, hoje, fazendo Justiça aos que critiquei muitas vezes. Faço isto sempre que reconheço ser minha obrigação. A partir de agora, espero que os tucanos e a oposição, em geral, façam o mesmo.
Afinal, suas figuras mais representativas, fundadores do PSDB, muitas delas ainda hoje aí, e na ativa, ganharam muitas eleições nos anos 70 e 80 tendo como bandeira a crítica à dívida externa, extremamente aumentada pela ditadura militar, parte dela para obras faraônicas, exatamente o que embasava os ataques de seus adversários.
Nós, do PT, acabamos com o problema tucanos!
Pena que o José Dirceu não publica as minhas respostas às idiotices que anda escrevendo.
ResponderExcluirÉ bonito fazer festa com chapéu dos outros.
José Dirceu, lider da bancada do PRL (Partido das Ratazanas Lulistas), também tem memória seletiva.
Já se esqueceu da carta assinada por Lula antes do primeiro mandato, se comprometendo a manter a política econômica.
Lula nomeou Henrique meirelles para Presidente do Banco Central justamente para manter a política econômica que vinha desde Itamar Franco.
José Dirceu, com sua memória seletiva, esquece-se de mencionar que a dívida pública interna só está aumentando.