Uma CPI necessária e a coisa que falta fazer

Mas que não será feita (06/02)

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado, telefonou para explicar que o Tesouro não paga juros sobre os recursos sacados com o cartão corporativo do governo federal. Por email, ele mandou um "passo a passo" sobre o assunto, que deixo disponível para os leitores do blog.
Isso responde a uma pergunta que fiz em O cinismo do Executivo. Um post que despertou algumas reações iradas. Bobagem. Se o descontrole com cartões corporativos acontecesse num governo tucano, os petistas é que estariam em pé de guerra.

O governo reagiu. Como ele conhece bem a oposição, propôs uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue os gastos com cartões e assemelhados de dez anos para cá.

É uma boa. Vamos ver se a oposição encara ou pipoca.

O Planalto espera que ela pipoque.

O distinto público prefere que ela encare.

Da CPI poderia resultar, quem sabe?, algo que regulasse esse tipo de dispêndio nos níveis federal, estadual e municipal.

Enquanto isso, o que o governo deveria fazer era suspender todos os cartões corporativos e recadastrá-los.

A tarefa deveria ficar a cargo da Casa Civil. Enquato a CPI trabalhasse, fechar-se-ia a torneira.

Esse seria o mundo ideal. Qual é a chance de isso acontecer? Eu diria que nenhuma.

O Brasil parece governado por um consórcio de grupos políticos que se alternam no poder e estão bastante satisfeitos com o statu quo. De vez em quando alguém balança a roseira, mas logo os interesses do consórcio se impõem.

O único risco é aparecer um Barack Obama (Leia De onde vêm os Obama). E o curioso é que ele sempre aparece. Basta ter a necessária paciência e esperar.

3 comentários:

  1. Pô, você copiou o blog do Alon! Pelo menos dê o crédito a ele!

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  2. Obrigado pela lembrança, vou fazer isso. Não tinha feito porque no post tem links para outras postagens dele.
    Minha pratica é dar creditos aos autores do texto, pra provar isso basta você ver que até os comentarios tem.
    Obg.

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  3. "Podem investigar até Pedro Álvares Cabral.”Senador Demóstenes Torres (DEM-GO), a propósito da intenção do governo de investigar gastos com cartões em governos anteriores

    Postado por Laguardia às 21:19 0 comentários

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