Aprovação de Lula bate recorde 55%

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva alcançou a maior popularidade em seus cinco anos e três meses de governo, atingindo índice que supera com folga o obtido por todos os seus antecessores desde Fernando Collor (1990-1992), pelo menos, mostra pesquisa nacional realizada pelo Datafolha.

A aprovação de Lula é de 55%, apesar de a saúde ter sido eleita a área em que o governo apresenta seu pior desempenho.

Os números da pesquisa --feita entre os dias 25 e 27 com 4.044 entrevistados em 24 Estados, mais o Distrito Federal-- indicam que a popularidade recorde do petista foi alavancada por uma recuperação da aprovação no Sul, tradicionalmente uma das regiões mais críticas a ele (aprovação subiu 11 pontos percentuais, para 52%), e pela ampliação do seu prestígio no Nordeste, onde alcançou 68% de avaliação positiva.

É o Nordeste a região mais atendida proporcionalmente pelo Bolsa Família --31,3% das famílias da região recebiam o benefício em 2006, contra média nacional de 14,9%. No Sul, um fator que pode explicar o desempenho de Lula é a recuperação do setor agrícola.

Em relação à última pesquisa Datafolha, de novembro, Lula obteve crescimento de cinco pontos percentuais em sua avaliação positiva (50% à época), o que mostra que a crise dos cartões corporativos não representou abalo na imagem do presidente ou do governo.

A desaprovação também é uma das menores em todo o governo: só 11% consideram seu desempenho ruim ou péssimo. O governo obteve nota média 7 dos entrevistados --melhor resultado desde quando assumiu.

Pesquisa do Ibope divulgada na quinta apontou igualmente índice recorde de aprovação do governo --58% contra 50% da anterior, de dezembro.

Antecessores

A análise do desempenho do governo Lula por meio das pesquisas Datafolha, desde sua posse (2003), mostra que o período em que a aprovação ficou mais ameaçada foi na crise do mensalão, no final de 2005, quando o seu índice de "ótimo e bom" atingiu o nível mais baixo, 28%, e chegou a ser superado pelos que consideravam o governo ruim ou péssimo, 29%.

Desde então, houve uma recuperação que tomou corpo na campanha eleitoral de 2006.

Em março de 2000, quando o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso completava também cinco anos e três meses, o Datafolha registrava só 18% de aprovação a FHC (e 43% de reprovação), um terço do que Lula alcança agora.

Na ocasião, FHC começava uma lenta recuperação da popularidade abalada por causa da crise econômica que se seguiu à desvalorização do real, em 1999. Ele deixou o governo, em 2002, com 26% de aprovação --o pico foi em 1996 (47%).

O antecessor, Itamar Franco (1992-1994), teve a mais alta popularidade justamente ao deixar o governo -41%. Fernando Collor, cassado sob acusação de corrupção, nunca atingiu índice superior a 36%.

O Datafolha começou em 1990 a fazer pesquisas nacionais de avaliação do governo federal.

Pontos fracos

O Sudeste foi a única região em que Lula não teve crescimento de popularidade --o índice dos que consideram o governo "bom ou ótimo" só oscilou de 46% para 47%, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O índice de aprovação também subiu menos nas regiões metropolitanas (de 45% para 49%) do que nas cidades do interior, de 54% para 60%.

Em relação à escolaridade, a avaliação positiva subiu sete pontos entre os que têm ensino médio (chegando a 52%) ou ensino superior (47%).

Levando-se em conta a renda, a maior alta foi alcançada entre os que ganham de cinco a dez salários mínimos (de 43% a 50%).

3 comentários:

  1. De novo Briguilino

    Esta pesquisa que diz que Lula tem popularidade em alta vale. A que diz que Serra seria eleito presidente se a eleição fosse hoje não vale.

    De novo Briguilino Coerência

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  2. ´Qual a pesquisa que diz que José Serra seria eleito presidente se as eleições fosse hoje? A que dá ele com 36 ou 38%, e eu que pensava ser necessário mais de 50% dos votos validos para alguem ser eleito presidente do Brasil. Quanta ignorância minha.

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  3. Neuto Jucá

    Realmente é ignorância sua não saber ler uma estatística e o desconhecimento da lei eleitoral do Brasil.

    Vamos ver se conseguimos de ensinar alguma coisa:

    1. Pela lei eleitoral o presidente deve ser eleito, em até dois turnos, com 50% DOS VOTOS VÁLIDOS.
    Isto pode representar qualquer percentual dos votos totais.

    2. A pesquisa não determina quantos votos serão brancos e nulos para calcular o percentual de votos válidos.

    3. Portanto a pesquisa trabalha com o percentual total de votos. Portanto, 38% dos votos totais, pode sim significar 50% dos votos válidos.

    Não sei se fui claro, as pessoas as vezes têm dificuldades de entender as coisas mais simples, pois têm limitações muitas vezes intransponíveis. Uma delas é o fanatismo que embota o raciocínio.

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