O Ministério Público Federal em Guarulhos (SP) apresentou, à Segunda Vara Federal local as alegações finais no processo que apurou um esquema bilionário de importações fraudulentas criado pelo centro de compras de luxo Daslu para burlar o fisco. Para o MPF, que pede a condenação dos sete réus do processo, há uma série de provas comprovando os fatos narrados na denúncia.
Veja também:
Daslu é multada em R$ 236 milhões por sonegação
No documento, os procuradores da República Matheus Baraldi Magnani e Luciana Sperb Duarte reafirmam a tese inicial do MPF, reforçada por novas provas surgidas ao longo do processo, e pede as condenações da dona da butique Daslu, Eliana Tranchesi, de seu irmão, Antonio Carlos Piva de Albuquerque, do diretor financeiro da empresa e de cinco donos de quatro importadoras envolvidas no esquema. São eles: Celso de Lima (Multimport), André Beukers (Kinsberg), Roberto Fakhouri Junior e Rodrigo Nardy Figueiredo (Todos os Santos) e Christian Polo (By Brasil).
Para o MPF, os réus devem ser condenados pelos mesmos crimes da denúncia, ou seja, formação de quadrilha e descaminho (fraude em importações). A investigação e o processo encontraram provas de que o esquema de importação fraudulento entrou em ação por pelo menos nove vezes. Seis dessas transações foram concluídas (descaminho consumado) e três foram barradas pela fiscalização da Receita (descaminho tentado). Em todos os descaminhos descobertos no processo, há guias de importação falsas de alguma das importadoras.
No documento, os procuradores pedem uma pena severa e eficaz, que leve em consideração a sonegação de aproximadamente R$ 1 bilhão gerada pelo esquema, segundo ações fiscais dos fiscos federal e estadual nas empresas e nas pessoas físicas envolvidas.
Fica uma pergunta no ar, a Daslu começou a fazer "isso" apenas depois de 01 de janeiro de 2003?
Nenhum comentário:
Postar um comentário