Três ministros unem forças para se contrapor à preferência de Lula pela chefe da Casa Civil como sua possível sucessora. Entre as críticas endereçadas a ela, está o fato de a petista não ter militância partidária
De Gustavo Krieger:
A dimensão palaciana que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu à escolha do candidato governista a sua sucessão fez surgir uma disputa particular entre os petistas mais próximos a ele. Os ministros Tarso Genro (Justiça), Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) e Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência) formaram um grupo para tentar influenciar ao mesmo tempo o PT e o presidente nas decisões sobre as eleições de 2010. É um esforço para contrapor-se à preferência demonstrada por Lula pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, como sua possível sucessora.
Há alguns dias, antes de viajar para férias na Argentina, Tarso Genro deu uma entrevista ao jornal Zero Hora, na qual deixou claro que a articulação entre os ministros mira nas articulações para 2010. Contou que eles estão trabalhando juntos para que a escolha do candidato oficial à sucessão de Lula passe pelo PT. “Tem de ser um candidato com profundo vínculo partidário e que compreenda que o partido vai ser um sujeito político importante para compor um sistema de alianças que não se dará exclusivamente em torno de uma pessoa, como foi o caso de Lula”. Segundo ele, há um grupo de “10 ou 12 dirigentes do partido com voz pública, respeitabilidade e relações políticas internas e sólidas” trabalhando para que o candidato tenha esse perfil partidário.
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