Enviado por Ricardo Noblat -
Tomara que Ronaldo, O Fenômeno, tenha contribuído para a restauração da moralidade entre nós ao esculachar de vez com a desculpa do "eu não sabia".
Como disse ontem em entrevista ao programa "Fantástico", da Rede Globo de Televisão, não, ele não sabia que Andréia era André.
Embora estivesse sóbrio, certamente não se deu conta do avantajado pomo-de-adão exibido pelo travesti quando entrou no seu carro.
Mais tarde, em um quarto de motel de terceira categoria da Barra da Tijuca, no Rio, levou pouco mais de três horas para se livrar da companhia de Andréia e de mais dois travestis que foram ao seu encontro.
De quem é a culpa? De quem é?
Ora, de Lula, é claro. A culpa é dele.
Afinal, se Lula pode dizer que jamais soube da existência de "uma sotisficada organização criminosa" que pagou mensalão a deputados e tentou se apoderar de parte do aparelho do Estado por que Ronaldo não pode dizer que ignorava a verdadeira identidade da trinca do barulho comandada por Andréia ou André?
Lula também não fazia a mínima idéia de que seu comitê de campanha à reeleição empregava "aloprados" capazes de forjar dossiês contra adversários.
Nem a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, poderia supor que um inocente banco de dados daria vez a um dossiê com despesas sigilosas do casal Fernando Henrique Cardoso.
Quanto a Cid Gomes (PSB), governador do Ceará, esse não.
Sabia, sim, que a sogra embarcara no jatinho alugado por ele para viajar à Europa. Não sabia, como admitiu depois, que seu ato amoroso pudesse configurar algum tipo de desrespeito aos bons costumes administrativos.
No caso de Cid, vai ver que o problema dele não foi ter levado a sogra para passear. Foi tê-la trazido de volta...
Lula saiu em defesa de Cid - como antes saíra em defesa de Renan Calheiros (PMDB), enrolado com lobista de empreiteira e amante; e de Severino Cavalcanti (PP), vítima de um concessionário de restaurante que o subornou para não perder a concessão.
Por isonomia, espera-se que a qualquer momento Lula se pronuncie em defesa de Ronaldo.
Não se espantem se ele o fizer - e se com isso amealhar mais alguns pontinhos na próxima pesquisa de opinião pública.
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