A decisão da Justiça Eleitoral de embargar a obra eleitoreira no Morro da Providência do candidato a prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella (PR) salvou parcialmente a face do governo Lula. Forneceu-lhe a desculpa para retirar o Exército depois que 10 soldados e sargentos, obedecendo a ordens de um tenente, entregaram três jovens da Providência para serem executados por traficantes do Morro da Mineira.
O governo nada teve a ver com o ato insano dos militares, é claro. Mas não foi menos insano seu ato de despachar tropas para garantir a segurança de uma obra que só renderia votos para o candidato a prefeito do coração de Lula. Tal preferência foi manifestada várias vezes. Na mais recente, Lula disse que não participaria da campanha de outros candidatos no Rio para não prejudicar a do seu.
É imoral, mas comum os governos driblarem as leis para favorecer seus aliados em campanhas eleitorais. O inédito, no caso, foi o recurso de se utilizar do Exército. Nunca antes na história democrática deste país se viu coisa parecida.
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