61,8% dos gaúchos apóiam atitude de vice de Yeda
Wilson Dias/ABrAo gravar e divulgar conversa comprometedora que teve com o ex-chefe da Casa Civil da governadora Yeda Crusius (PSDB), o vice-governador Paulo Feijó (DEM) despertou reações antagônicas.
No universo da política, Feijó inspirou a ira. Seu partido, o DEM, abriu contra ele um processo disciplinar que, no limite, pode levar à sua expulsão dos quadros da legenda.
Na sociedade, porém, o comportamento atípico do vice de Yeda é visto com bons olhos. É o que demonstra pesquisa do instituto Fato, encomendada pelo Grupo RBS.
Eis alguns dos resultados:
61,8% aprovam o fato de o vice Feijó ter gravado e divulgado a conversa que levou à demissão o chefe da Casa Civil Cezar Busatto. Só 23,9% desaprovam o gesto;
59,6% acham que a atitude de Feijó foi legítima e que ele fez o que deveria fazer. Apenas 33,3% tacham o procedimento do vice de “antiético”;
75,5% consideraram “muito graves” os comentários feitos por Cezar Busatto no diálogo gravado. Acham que o teor da conversa compromete Busatto e o governo Yeda Crusius. Escassos 6,5% dos entrevistados acharam que o conteúdo da gravação não é grave;
62,2% dos gaúchos ouvidos desaprovam a gestão tucana de Yeda Crusius, iniciada em janeiro de 2006. Aprovam a gestão da governadora 23,9%;
16,4% acham que a ação de Yeda diante da crise que rói as entranhas de sua administração é ótima (3%) ou boa (13,4%). Para 36,8% dos entrevistados, a forma como a governadora vem lidando com a crise é regular. Para 20,7% é ruim. E para 22,4% é péssima;
44,7% dos entrevistados acham que Paulo Feijó deveria deixar o cargo de vice-governador para fazer oposição a Yeda fora do governo. Outros 31,7% avaliam que ele deve se manter no cargo mesmo fazendo oposição à governadora. Outros 10,1% dizem que ele sío deve ficar no cargo se parar fustigar a titular do governo.
79,7% dos gaúchos “concordam muito” (22,2%) ou “concordam” (57,5%) com a seguinte frase: “A CPI [que investiga desvios de verbas públicas no Denra-RS] causou muito desgaste para governo e poderá causar muito mais.”
Escrito por Josias de Souza
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