A perversão com as verbas públicas, de Norte a Sul

O noticiário político anda contaminado. Por isso, vai aqui um aviso: o texto abaixo contém cenas de devassidão explícita.
Contribuintes em dia com todas as taxas e impostos só devem se embrenhar pelos parágrafos que se seguem acompanhados por um médico.

A leitura pode provocar engulhos, náusea, ânsia... Abusa-se do erário de Norte a Sul, eis o que vai ficando claro.

A algaravia ultrapassa a fronteira que separa o constrangimento do escândalo. O grande tapete nacional ficou pequeno. Há muita sujeira em volta.

Rio Grande do Norte: A PF foi às ruas, nesta sexta-feira 13. Cumpriu 13 mandados de prisão e 42 ordens de busca e apreensão.

Entre os personagens recolhidos ao xilindró está Lauro Maia. Vem a ser o filho da governadora potiguar, Wilma Maia de Faria (PSB).

O rapaz está metido, segundo a polícia, num esquema de desvia verbas da Saúde. Dá-se por meio de contratos bichados de higienização hospitalar e locação de mão-de-obra.

A malfeitoria começou a ser esquadrinhada em 2005. Estima-se que os desvios alcem à casa dos R$ 36 milhões. Desse jeito, não há CSS que resolva a inanição de verbas da Saúde.

São Paulo: Deve-se aos repórteres Mário César Carvalho e José Ernesto Credencio a penúltima descoberta sobre o caso Alstom.

Um ex-diretor da multinacional francesa, o engenheiro eletricista José Sidnei Colombo Martini, tornou-se, em 1999, presidente de uma companhia do governo de São Paulo.

Chama-se EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia). Martini foi alçado ao comando da companhia por Mauro Arce.

Arce era, à época, secretário de Energia do governo Geraldo Alckmin (PSDB). Hoje, integra a administração de José Serra (PSDB).

Dois anos depois da nomeação de Martini, deu-se o inusitado: o servidor autorizou o pagamento de um adicional à Alstom, sua ex-empregadora. Coisa de R$ 4,82 milhões.

Negócio fechado sem concorrência pública. A grana foi liberada a pretexto de remunerar a Alstom pelo armazenamento de seis transformadores.

Haviam sido adquidos da própria Alstom, por R$ 110 milhões. Alega-se que as obras que receberiam os transformadores atrasaram. Daí o aditivo.

A Alstom, como se sabe, é investigada na Suíça e na França sob a suspeita de ter obtido contratos mundo afora pagando propinas. Inclusive no Brasil.

Especialmente na São Paulo do tucanato. Não é à toa que a tropa de elite do PSDB na Assembléia Legislativa vem fulminando as tentativas de apuração da encrenca.

São Paulo 2: A direção nacional do PV (Partido Verde) incluiu nas prestações de contas enviadas ao TSE peças de deixar qualquer um vermelho –de vergonha ou de raiva.

São notas fiscais de 639 empresas fantasmas. Todas da cidade de Campina do Monte Alegre (a 230 km de São Paulo). Referem-se às escriturações de 2004 e 2005.

A fraude, levada às páginas pelos repórteres Sergio Torres e Alan Gripp, foi detectada Tribunal de Contas paulista. Checou-a a Polícia Civil. E ratificou-a o Ministério Público Estadual.

O esquema vem de longe. Foi urdido em 1992. Ano em que o PV foi alçado à prefeitura da cidade. À época, o procurador do município de Campina do Monte Alegre chamava-se Carlos Galeão Camacho.

Hoje, Camacho preside o diretório do PV na cidade de São Paulo. Ele responde a 23 processos criminais. Acusam-no de ter montado uma usina de criação de empresas fraudulentas.

Em Brasília, os "verdes" apóiam Lula. Em São Paulo, Camacho conduziu as negociações que converteram o PV num vagão da locomotiva eleitoral do prefeito Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição.

O PV alega que os serviços descritos nas notas geladas foram efetivamente prestados. Jura que vai provar isso ao TSE. A ver.

Recorde-se que as arcas dos partidos são azeitadas com verbas do Fundo Partidário. Dinheiro que do Tesouro Nacional. Ou, por outra, grana do contribuinte.

Rio Grande do Sul: A crise que rói as entranhas do governo de Yeda Crusius (PSDB) ganhou o adorno de mais uma escuta telefônica.

Coisa captada pela PF em novembro do ano passado. Mas que ainda era desconhecida da platéia.

Os diálogos expõem o modo como o empresário Lair Ferst fazia lobby junto a empresas que transacionaram com o Detran-RS.

Ferst é tucano de carteirinha. Auxiliou na campanha de Yeda. Na conversa, acerta um encontro de executivos de uma empresa alemã com o então presidente do Dentram, Flácio Vaz Netto.

Para a PF, a fita manda ao telhado a alegação de Ferst de que não atuara na “quadrilha” que sorveu das arcas do Detran gaúcho R$ 44 milhões. O lobista é um dos 40 réus que respondem na Justiça pelos desvios.

Desvios que vêm de longe. Segundo a PF e o Ministério Público, começaram em 2003, quando o Estado ainda era governado por Germano Rigotto (PMDB). E prosseguiram em 2006 e 2007, já sob Yeda Crusius.

Em depoimento ao Ministério Público, nesta quinta (12), o vice-governador Paulo Feijó (DEM), voltou a manusear a metralhadora-amiga que aponta em direção a Yeda.

Forneceu elementos que devem levar as invesigações para outras repartições e autarquias públicas. O fedor tende a aumentar.

Escrito por Josias de Souza

E tem ASNO Anônimo dizendo que está tudo bem. Já que o PSDB rouba o PT também pode roubar. Nunca li tanta asneira junta.

Impechment de Lula já pasra servir de exemplo para os políticos corruPTos

2 comentários:

  1. Amigo Laguardia, sinceramente seu caso é obssessão contra Lula e o PT. Publica uma matéria que a participação do governo federal é na apuração (PF), e no final pede o impechemant do presidente? Faça um tratamento urgente, você está precisando e muito.

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  2. Briguilino

    Sou obsecado sim em combater a corrupção. E você é obssecado com o Lula. Você não consegue aceitar que a PF é independente e age em conjunto com o MP que é também independente.

    Se não houvesse tanta corrupção no governo a PF não estaria trabalhando tanto.

    A saida de Lula seria só um bom começo para implantar a moralidade no Brasil. Por muito menos fizemos o impechment de Fernando Collor

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