O caso da convenção do PSDB em São Paulo é claro.
Geraldo Alckmin lançou sua chapa.
O governador José Serra estimulou o lançamento de uma segunda chapa, de apoio a Gilberto Kassab, do DEMO.
A chapa começou com um determinado número de correligionários, suficiente para viabilizar ao menos sua apresentação na convenção.
No meio do caminho houve a desistência de dezenas desses signatários, ao mesmo tempo em que saíram denúncias de compras de votos.
A chapa Kassab estava totalmente inviabilizada, quando ocorreu a desistência.
Não se sustenta a tentativa do Estadão de transformar a derrota em vitória de Serra, de elevá-lo a promotor da conciliação.
A manchete principal "Serra promove acordo e PSDB confirma Alckmin" sugere uma falsa relação de causalidade.
Se Serra não promovesse o acordo, Alckmin seria confirmado do mesmo modo.
É a mesma coisa que um treinador jogar a toalha no ringue, depois de ver seu lutador apanhando, e a crítica afirmar que graças ao treinador estabeleceu-se a paz que permitiu a vitória do adversário.
Na hora em que tiver motivos reais para elogiar Serra, quem vai acreditar?
Luis Nassif
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