Na República do "eu não sabia", de "recursos não contabilizados" ao invés de Caixa 2 e de dólares escondidos dentro de cueca apenas como meio mais seguro de transportá-los, nada mais natural que o empresário Marco Antônio Audi negue que tenha contratado o advogado Roberto Teixeira porque sabia que ele era compadre de Lula. Não, ele simplesmente desconhecia o fato, ora. Por que essa mania nefasta de se duvidar das pessoas?
Audi é acusado pela Justiça de São Paulo de ter sido "laranja" do fundo americano Matlin Patterson para comprar a VarigLog e a Varig. Pagou US$ 5 milhões a Teixeira só pela fama que ele tinha de ser um bom advogado. A julgar pelo que ele disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo em 4 de junho último, deve ter ficado surpreso mais tarde com a desenvoltura de Teixeira ao trafegar pelos mais importantes gabinetes de Brasília. Segue um trecho da entrevista dele ao jornal:
Como era o poder dele [Teixeira]? Onde ele era mais influente? Na Anac, no Planalto?
Ele me apresentou a várias pessoas. Ao presidente da República, à ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), ao ministro Waldir Pires (Defesa), ao Luiz Marinho (Trabalho).
Ele demonstrava intimidade com ministros?
Muita. Não é pouco. Chegava nos ministérios e era reconhecido na recepção. Mandavam subir. Ele tentou várias vezes ter conversa atravessada comigo. Mas neguei todas as investidas. Hoje vejo que era minha inocência. Mas eu nunca deixei ninguém chegar perto da gente. Nossa contabilidade, da Volo, VarigLog e Varig, está aberta para qualquer um.
Agora, um trecho do depoimento de Audi, hoje, no Senado:
- O senhor afirma que ao contratar os serviços do senhor Roberto Teixeira não sabia da proximidade dele com o presidente Lula, não sabia que ele é compadre do presidente Lula? Você quer que nós aqui, senadores da República, acreditemos nisso? - provocou o senador senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
- Prezando a verdade, eu repito de novo, pela terceira, quarta, quinta vez: eu não sabia que ele era compadre do presidente Lula. Mas fui informado alguns dias depois -, respondeu Audi.
O depoimento de Audi no Senado não foi assistido por um único senador que apóia o governo.
É espantosa a capacidade deste governo para se livrar de denúncias capazes de embaraçá-lo. O caso da venda irregular e dirigida da Varig e da VarigLog irá em breve para o esquecimento - assim como foi há pouco o caso do uso irregular de cartões corporativos e do saque em dinheiro de fortunas na boca do caixa.
Neste governo ninguém sabe de nada. Roubam-se milhões e ninguém sabia de nada.
É a velha história. Um ladrão de porcos foi pego pelo fazendeiro. O fazendeiro pergunta.
- Porque você está roubando meu porco?
O ladrão responde:
- Eu? roubando porco? que porco?
E o fazendeiro
- Este no seu ombro
E o ladrão
- Não vi isto, tira este bicho daqui.
É o próprio Lula. Não viu, não sabe. Mas o dinheiro roubado está na conta.
C O R J A !!!!!!!!
Engraçado, eu sei que um erro não justifica o outro.
ResponderExcluirSerra também nunca sabe de nada que se passa no estado de São Paulo, muito menos no estado do RGS, sem falar dos governadores da Paraíba e de Alagoas. E assim mesmo quer ser presidente da república. Acho que ele deveria dar melhores explicações sobre o caso do metrô, do caso Alstom, da greve dos professores de seu estado, da educação, da saúde e outras milongas mais. E não vejo vc. cobrar isto tudo com a mesma veemência que faz com relação a Lula.
Tenha paciência!
Anônimo
ResponderExcluirAinda bem que você reconhece que um erro não justifica o outro.
Tenho dado mais enfase aos crimes do governo federal pelos seguintes motivos:
1. É um poder superior que tem que dar o exemplo e não dá.
2. O números de crimes cometidos é maior.
3. Você o o Briguilino não dão importância aos crimes cometidos pelo PT, só falam do PSDB e só do caso Alstom. E os outros?
4. Portanto alguem tem que ficar lembrando sempre dos crimes do PT.