Fábio Pozzebom/ABr
Se lhe fosse dado observar o vaivém da governadora do Rio Grande do Sul, Carlos Drummond de Andrade decerto definiria o novo drama de Yeda Crusius assim:
No meio do caminho de Yeda tem uma casa
Tem uma casa no meio do caminho de Yeda
Casa vistosa. Grande. Elegante. Confortável.
Comprada por Yeda depois de seu triunfo nas urnas, no final de 2006, e antes de sua posse, no alvorecer de 2007.
O valor declarado da operação é R$ 750 mil. É nesse ponto que a casa ganha a forma de uma pedra no caminho de Yeda.
Juntando tudo o que a governadora informara à Justiça Eleitoral que possuía antes da eleição, chega-se a um patrimônio inferior ao valor da casa.
Como se fosse pouco, o repórter Diego Escosteguy trouxe à luz uma novidade que acomoda ao redor da casa de Yeda, já envolta numa bruma de assombro, uma dose extra de mistério.
A novidade foi às páginas da última Veja (assinantes). Está expressa num documento.
“Instrumento particular de promessa de compra e venda de imóvel”, anota o cabeçalho.
Refere-se ao mesmo imóvel adquirido por Yeda. Revela algo que se passara quatro meses antes do fechamento da transação.
O proprietário do casarão, Eduardo Laranja (que nome!), negociava a casa por R$ 1 milhão. Nada demais, não fosse por um detalhe:
Laranja (!?!?!) encontrara um comprador. Chama-se José Luís Borsatto. Daí o compromisso de “compra e venda”.
Ouvido, José Luís, o ex-futuro comprador, disse:
"Quando consegui todo o dinheiro, o corretor me disse que tinha vendido o imóvel à governadora." Por quanto? "Foi R$ 1 milhão.”
Com o novo documento em mãos, o advogado do PSOL, Pedro Ruas, planeja entregá-lo ao Ministério Público. Que já investiga a encrenca.
Por que caiu tanto o valor do imóvel no instante em que a governadora resolveu adquiri-lo?
Há muitas explicações possíveis: da lavratura de uma escritura ilegal à generosidade do vendedor.
Antes de responder à nova pergunta, Yeda ainda precisa dar conta da questão original:
De onde veio o dinheiro que bancou a compra de sua casa.
A governadora saiu-se, até aqui, com duas tentativas de explicação:
1. Dissera, lá atrás, que arrumara dinheiro vendendo um carro e dois apartamentos.
Verificou-se que um dos imóveis jamais saíra do nome da governadora. Nem podia. Está retido por um bloqueio judicial.
2. Dias atrás, Yeda encaminhou ao Ministério Público dados mais pormenorizados.
Diz-se, porém, que, na ponta do lápis, há ainda um buraco de cerca de R$ 200 mil nas contas.
Não resta senão voltar a Drummond:
Nunca me esquecerei desse acontecimentona vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminhotinha uma casatinha
uma casa no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma casa.
Josias de Souza
Depois os lulopetistas criticam a imprensa livre e democrática deste país. Aliás, o que os lulopetistas entendem de democracia? NADA
C O R J A !!!!!!!!
A imprensa que vc. tanto indolatra, está caladinha, pouco à pouco o nome Dantas está sumindo da mídia. Eles estão mais preoculpados em discutir se foi justo ou não os pobres coitados terem sidos algemados.
ResponderExcluirDo Cacciola pouco se fala.
Agora lembro muito bem por quanto tempo o caso "cueca" ficou na mídia. E o caso da menina atirada pela janela? Quanto tempo durou?
Acho que a imprensa brasileira é corrupta SIM.
Principalmente a impresna chapa Branca.
ResponderExcluirCacciolla está na cadeia
O Pai e a Madrasta da menina atirada pela janela estão presos
Dantas, para tristeza de Lula ainda está na mídia
Já
Delubio Soares
José Dirceu e os 40 ladrões do Mensalão
O dono da cueca de Dolares
José Genuino
Pallocci
José Severino
A turma do dossiê falso de Serra
Dilma Rouseff
Marta Supplicy
e tantos outros amigos de Lula
Estão soltos.
A imprensa só deveria se calar quando esta turma estivesse atrás das grades.
Estou cansado de repetir, e vc sabe muito bem, que o queridinho da imprensa brasileira, Dantas. Preoculpa muito mais aquela turminha das privatisações do que a Lula.
ResponderExcluirNão seja hipócrita!