Coisas que o povo não vê

Seqüelas que passam batidas, escondidas do grande público, decorrentes do aumento da taxa Selic pelo Banco Central (BC):

só em julho, pagamos R$ 13,824 bi de juros de nossa dívida interna de R$ 1,298 trilhão.

Pagamos um valor superior a 38% do pago em junho deste ano, já que no mercado futuro os juros exigidos pelo mercado para títulos pré-fixados - 30,9% da dívida total - do governo já são de 15%.

Está aí a explicação para a resistência do Tesouro Nacional de negociar esses títulos.

Compra-os ao invés de vender.

Só este ano já tirou de circulação R$ 110 bi deles, contra apenas R$ 6,5 bi no mesmo período do ano passado.

Com o aumento de 1,75% na taxa Selic desde abril pelo BC, pagamos, também, mais juros pelos títulos pós fixados.

Daí o salto extraordinário nos gastos com juros de nossa dívida interna - ou seja, o que economizamos no superávit fiscal gastamos no pagamento dos juros da nossa dívida.

Estamos enxugando gelo.

Bela política do BC!

José Dirceu

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