Prevenir é melhor que remediar

Decisão amplia ainda mais as regiões de exploração excluídas, apesar da oposição de empresas do setor petroleiro

Modelo exploratório segue indefinido; Petrobras, que é contra a criação de nova estatal, propõe participação maior do governo na empresa

O governo decidiu que retomará os leilões de concessões de exploração de petróleo só nas áreas localizadas em terra e em águas rasas. Além de toda a camada pré-sal, o governo decidiu deixar de fora dos novos leilões as áreas próximas, chamadas de franjas desses campos.

Ou seja, toda a região em volta do pré-sal não será leiloada até que sejam definidas as novas regras de exploração de petróleo no país, que ontem voltaram a ser discutidas pelo governo no Palácio do Planalto.

A decisão foi tomada na reunião da comissão formada pelo presidente Lula para debater a exploração dos megacampos de óleo leve descobertos na camada de pré-sal. É presidida pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e coordenada pelo ministro Edison Lobão (Minas e Energia).

Segundo a Folha apurou, o Ministério de Minas e Energia vai propor no dia 22 de agosto ao CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) a retomada das rodadas de leilões de concessões, mas só em terra e em águas rasas. Assinante da Folha leia mais em: Governo tira de leilão áreas perto do pré-sal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva transformou ontem a sua participação em um evento da União Nacional dos Estudantes (UNE) em palco para sua primeira e entusiasmada defesa da alteração da Lei do Petróleo. Na presença dos governadores do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e de São Paulo, José Serra (PSDB), Lula tomou partido no debate sobre as mudanças no setor e convocou os estudantes a assumir essa campanha.

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