De Gustavo Paul:
Depois do apagão aéreo e da escassez de engenheiros, na carona da retomada da construção civil, o Brasil está à beira do apagão marítimo.
Um estudo da Escola Politécnica da USP, encomendado pelo Sindicato Nacional dos Armadores (Syndarma), prevê um déficit crônico de Oficiais de Marinha Mercante (OMM) nos próximos anos.
Com base na expectativa de lançamento ao mar de novos navios de bandeira brasileira, a pesquisa concluiu que, sem medidas emergenciais, em 2013 faltarão 1.400 oficiais para comandar as embarcações, particularmente as da Petrobras, que participarão da exploração do petróleo no pré-sal.
— A situação é séria, já existe escassez de mão-de-obra, mas pode se tornar ainda mais dramática, colocando em risco a operação dos navios brasileiros — alerta Roberto Galli, vice-presidente-executivo do Syndarma, que conversou semana passada com Paulo Bernardo, ministro do Planejamento, sobre o problema.
Para os pesquisadores, o número de embarcações de bandeira brasileira passará de 291 em 2007 para 428 em 2013.
Este salto de 137 embarcações de transporte e apoio marítimo fará com que a demanda de oficiais passe dos atuais 2.724 para 4.465 em cinco anos.
Pelas condições atuais, só estarão disponíveis no mercado 3.046 oficiais — um déficit de 1.419 marítimos graduados no país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário