O salário dos trabalhadores sofreu perdas todos os anos entre 1996 e 2003, quando atingiu o menor valor —R$ 792 (veja gráfico).Em 2005, houve recuperação, e o salário chegou a R$ 824. No ano passado, subiu 7,2% em relação a 2005 e atingiu os R$ 883.
Esse valor é o mais alto desde 1999, quando o salário médio foi de R$ 888. Apesar da subida, a recuperação não foi suficiente para superar os níveis de dez anos atrás.
Segundo o IBGE, em média, as pessoas com os menores salários recuperaram o poder de compra de 1996. Isso ocorreu, entre outros fatores, por causa dos aumentos reais do valor do salário mínimo.
Em 2006, a média desses salários mais baixos foi de R$ 293,00, enquanto em 1996 era de R$ 267,00."O aumento real do salário mínimo nos últimos anos está impactando o rendimento do trabalhador, principalmente a renda das classes mais baixas", afirmou a economista do IBGE Márcia Quinstlr.A economista destacou que também contribuíram a expansão do emprego do trabalhador com carteira assinada (de 33,1% da população ocupada para 33,8%) e a redução da informalidade (de 51,8 % do total em 2005 para 50,4% em 2006).
De acordo com a pesquisa, os 50% mais pobres tiveram um ganho de rendimento superior aos 50% mais ricos. A renda média da metade mais pobre foi de R$ 293 ante R$ 257 em 2006.
Apesar do crescimento no rendimento e do aumento real do salário mínimo entre 2004 e 2006, a concentração de renda no período caiu apenas "suavemente", segundo o IBGE.O índice de Gini, uma medida da desigualdade, passou de 0,547 em 2004 para 0,544 em 2005 e 0,541 em 2006 (o menor desde 1981). Quanto mais próximo de zero, menor é a concentração de renda de um país."O que percebemos é que o Gini continua caindo, só que de forma suave. É um movimento suave de desconcentração", disse Quinstlr. "O aumento real do salário mínimo tem efeito pequeno sobre a concentração de renda no país. O impacto se dá de forma lenta." Comparação com 2005
Em relação a 2005, os salários médios em 2006 aumentaram mais no nordeste (12,1%) e no norte (7,1%). No sudeste, sul e centro-oeste, foram registrados crescimentos de 6,6%, 5,5% e 4,9%, respectivamente.
No entanto, apesar do maior crescimento percentual, o nordeste teve o menor salário médio absoluto. Os nordestinos tiveram média salarial de R$ 565 em 2006. A região sudeste apresentou o maior valor: R$ 1.027.De acordo com o IBGE, o aumento real do salário mínimo de 13,3% no ano passado foi um dos fatores determinantes para o crescimento médio do rendimento nacional entre 2005 e 2006.
As estatísticas do próprio governo desmentem aqueles que acreditam que o Brasil começou com Lula.
Em 1981 (época do regime militar) o salário médio do cidadão brasileiro era maior do que agora.
Não podemos ter a mentalidade tacanha de afirmar que a melhora da economia brasileira se deu com Lula. É um longo processo. Não podemos desconsiderar os avanços conseguidos com Vargas, JK, etc. até Lula hoje.
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