A volta do pendulo

A China e a Índia endureceram na última Rodada Doha. Agora, a Rússia anuncia sua intenção de não mais cumprir com compromissos firmados, para ingressar na OMC (Organização Internacional do Comércio).

É impressionante como se repete essa história do pêndulo – que explorei no meu livro “Os Cabeças de Planilha”.Primeiro, fases de grandes mudanças tecnológicas e de ampliação da financeirização mundial. A Pax Britânica, antes, a Pax Americana agora, garantindo décadas de paz, liberando energias em outros países e, ao mesmo tempo, tentando manter a economia mundial sob seu controle.

Depois, crises recorrentes, bolhas explodindo aqui e ali. No meio, países que conseguem se beneficiar desses movimentos (Japão, Argentina, Estados Unidos no século 19; China e Índia no século 20) e países que quedam vítimas de interesses desse capital financeiro (Brasil nos dois momentos).

A crise internacional levando à disfuncionalidade do modelo, ao questionamento da ordem internacional – lá atrás, representada pelo Banco da Inglaterra articulando meia dúzia de BCs de países centrais; agora, o sistema financeiro americano e organismos como a OMC.

Finalmente, a recomposição dos grandes impérios – Alemanha no início do século; Rüssia e China, com uma lógica própria, que não cabe nos fóruns internacionais.

Só espero que não termine em guerra.
Pior, é que a guerra é apenas uma questão de tempo.

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