Está em todos os jornais a vitória consagradora que o PT - e partidos aliados - terá no próximo domingo em todo o país.
Só não vale, leitores, ficar de salto alto, comemorar antecipadamente e dormir sobre os louros.
Não, vamos trabalhar ainda mais que eleição se ganha com mobilização até o último minuto.
Em avaliações que levam em consideração a média apontada por todos os levantamentos de intenção de voto do eleitorado, os analistas calculam, hoje, que o PT deve saltar dos 411 prefeitos conquistados em 2004, última eleição municipal, para algo entre 600 e 700 prefeitos agora no pleito do próximo domingo. 600/700 só do PT.
Nas 79 maiores cidades do país, considerando as 26 capitais onde haverá eleição e mais 53 grandes cidades, todas com mais de 200 mil eleitores, o PT deve ampliar em mais de um terço o número de prefeitos que elegerá - deverá saltar de 18, eleitos em 2004 para 25 este ano.
Sinal vermelho no Rio.
Em São Paulo temos uma situação consolidadada e nossa candidata, Marta Suplicy, garantida no segundo turno.
É o que acentuam as pesquisas.
Mas, óbvio que também para São Paulo vale o que falei acima: a vitória final, agora, no 2º turno, vai depender dessa última semana de campanha na TV e no rádio, e da militância, que precisam, ambas (campanha e petistas), ter uma resposta e ser adaptada a última pesquisa.
Se a situação do PT é rósea em todo o país, não se pode dizer o mesmo em relação ao Rio de Janeiro, onde corremos o risco de ter que escolher entre o ex-deputado Eduardo Paes (PMDB) e o deputado Fernando Gabeira (PV).
Ou seja, o PT, o PC do B, o PSB, o PDT, e o PSOL, são incapazes de fazer uma aliança eleitoral para conjugar esforços na TV, no rádio e nas ruas para levar Jandira Feghalli, do PC do B, para o segundo turno.
A uma semana da eleição está claro que só ela tem essa chance.
Todos mantém seus candidatos e nem pode haver debates porque o PDT não aceita as regras que o excluem.
Todos esses partidos do campo da esquerda favorecem, assim, Eduardo Paes e Marcelo Crivella, do PRB.
Francamente não dá para entender tamanha incapacidade de fazer alianças.
A essa altura nem seriam eleitorais, programáticas, ou sobre candidaturas, mas em torno de quem irá para o segundo turno.
E isso quando o eleitor já deixou claro que só Jandira Fegalli poderá ir.
Ou será que não queremos que ela vá? Que preferimos Paes x Gabeira?
No restante do Brasil o PT vai bem, obrigado.
Vence em oito das nove capitais que governa - em duas com o PC do B e o PSB na cabeça - e pode levar ainda Salvador, Natal e São Paulo.
Fora as centenas de cidades entre 50 mil e até 200 mil eleitores nas quais vamos ganhar.
E, de goleada, caminhamos para vencer no Recife e em Fortaleza no primeiro turno.
O PT nesse 5 de outubro terá no país um dos melhores resultados eleitorais de seus 28 anos de vida.
José Dirceu
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