Sou antiraças

Não Sou apenas antiracistas, sou antiraças Não reconheço a raça Vermelha Amarela Branca Preta Azul ou qualquer outra cor com que queiram def...

Ritmo de cruzeiro


Na opinião da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), há uma novidade na pirâmide social brasileira: uma “classe média nova.”

É, no dizer de Dilma, a “classe média do Lula.” Gente que “emerge no país”. Gente que passou a ter “acesso ao consumo de celular, computador, carro, casa...”

Gente que, sob Lula, passou a dispor, acrescenta a ministra, “sobretudo de carteira assinada e crédito.”

Dilma teorizou sobre a estrutura social do país em Natal (RN). Esteve na cidade para participar da campanha da petista Fátima Bezerra, candidata a prefeita.

Na última sexta (12), o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), outro apoiador de Fátima, tratou de injetar num discurso a candidatura de Dilma à sucessão de Lula.

Instada a comentar a menção de Garibaldi, Dilma escapuliu: “Meu negócio aqui [em Natal] tem nome, endereço e telefone: Fátima.”

No mês passado, informara-se no Planalto que, a pedido de Lula, a mineira Dilma só faria campanha no Rio Grande do Sul, Estado onde milita politicamente.

O que vem ocorrendo, porém, é algo bem diferente. A ministra já deu as caras em diversos municípios alheios às fronteiras gaúchas.

É instrução de Lula ou trabalho prévio para a campanha presidencial de 2010?, perguntou-se a Dilma, em Natal.

E ela: “Antes de ser ministra, eu sou cidadã. E se eu não fosse cidadã brasileira, eu não poderia ser uma boa ministra...”

“...Assim sendo, acho que a eleição é um momento fundamental, de discussão no qual você pode conversar com a população, escutar o que a população acha...”

“...Você pode passar pelo crivo crítico da população. Isso é importantíssimo para a democracia...”

“...Eu faço campanha nos municípios, obviamente não posso fazer todos os dias e nem da forma que eu queira.

Tenho uma agenda para cumprir, uma agenda pesada...”

“...Digo que faço com imenso prazer, porque acho que é um momento de contato com o povo brasileiro.”

Nesses momentos de “contato com o povo”, a ministra vai desfiando um discurso que tem cara de plataforma presidencial.

“Acho que o governo Lula está em ritmo de cruzeiro [...].

O governo tem o compromisso e vai cumprir.

O país não terá retrocesso com mais estagnação...

O Brasil tampouco terá aqueles avanços e recuos que caracterizaram [a economia] no período de 90.
O país vai crescer.
As pessoas vão ter sua vida melhorada.”

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