O governo prepara para os próximos dias o anúncio de um lote de medidas para acudir as empresas de construção civil.
Considerado estratégico, o setor foi posto de joelhos pela crise global. Convive com o risco de paralisar obras e adiar projetos habitacionais.
A causa da retração é a secura que infelicita o mercado de crédito. O governo receia que, mantido esse cenário, haveria dispensa expressiva de mão-de-obra.
De resto, o desempenho da economia em 2009, que já se prenuncia pior do que o de 2008, seria ainda mais afetado. Daí a movimentação do governo.
O pedaço mais importante do pacote que está sendo embrulhado em Brasília é a abertura de uma linha de crédito para as construtoras às voltas com a iliquidez.
As primeiras estimativas indicam a necessidade de irrigar o setor com créditos de R$ 2,5 bilhões a R$ 3,5 bilhões. É menos do que o setor diz necessitar: R$ 4 bilhões.
Para alcançar tais cifras, estuda-se, por exemplo, uma nova mexida no compulsório dos bancos. Uma intervenção cirúrgica. Voltada espeficiamente à construção civil.
Casas bancárias que se dispusessem a emprestar dinheiro a construtoras seriam comtempladas com novos descontos no depósito que são obrigadas a fazer no BC.
É uma forma de evitar que o esforço de reativação da construção fique restrito à Caixa Econômica Federal, principal agente financeiro do setor.
De resto, o governo pretende estimular construtoras que exibam melhores condições financeiras a adquirir empreendimentos imobiliários tocados por empresas mais encalacradas.
Josias de Sousa
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