O velho liberalismo - capitalismo sem risco

Merece ser lido o artigo de Chrystia Freeland, do Financial Times, publicado na Folha de S.Paulo sob o título “Rejeição ao plano foi resposta do povo para a elite”.

Leiam na íntegra.

Eis aqui pequenos trechos da análise da articulista:

“Os americanos têm bons motivos para não confiarem na sua elite. Os líderes políticos do país, liderados pela Casa Branca de George W. Bush, tornaram fácil acreditar que o governo americano simplesmente não funciona.

Do furacão Katrina até a Guerra do Iraque (pelo menos até antes da insurgência), passando pelo déficit orçamentário e a falta de uma política de energia nacional, Washington não parece estar entregando um serviço muito bom para os cidadãos.

Nem os líderes empresariais parecem muito confiáveis neste momento. Mas, antes mesmo do aperto do crédito, o salário médio estava se estagnando, enquanto a renda dos super-ricos decolava, criando a maior disparidade desde a era dourada (final do século 19).”

2 comentários:

  1. Muito bom, também, o artigo do ex-presidente José Sarney na Folha de hoje: “Réquiem para o neoliberalismo”. O decantado “mercado”, entidade mítica e onipotente que tinha o poder de se auto-regular, acaba de ser desmistificado. As teorias do Estado mínimo, do Banco Central independente, das bolsas de valores e mercadorias como panteões da democracia devem ir para o fundo do baú. Quando ocorria alguma crise financeira os economistas cuidavam de acalmar o público: foi apenas uma bolha especulativa que estourou, o que é muito bom para sanear o mercado. Era como se um leucócito atacasse a parte infectada do organismo financeiro. E quando o “mercado” apresenta-se coberto de bolhas por todo o corpo e seu pipocar apavora o mundo todo?

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  2. E depois dizem que é Lula que faz sua popularidade, como se os próprios neoliberais não contribuíssem em nada para essa popularidade (isso sem falar nos governos de esquerda pela América Latina).

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