Ah, sim, Zé Dirceu
Respondo a quem declara a inocência de Zé Dirceu, e desta vez apenas. De saída, esclareço que CartaCapital nunca o acusou de ser corrupto. Hoje em dia, virou lobista, não faz muito mistério disso. E não teme relacionar-se com quem for preciso para conduzir seus negócios. Por exemplo Carlos Slim. Por exemplo Daniel Dantas. Ele trafega alegremente pelo mundo do dinheiro, pelos cenários dos hotéis cinco estrelas e restaurantes cordon-bleu. Faz questão de comer iguarias e tomar vinhos caríssimos. Não há pecado nisso, mas certas companhias não são as mais recomendáveis. Negócio é negócio. Quanto ao orelhudo, no espaço de uma década e meia foi sucessivamente banqueiro do PFL, do PSDB e, finalmente do PT. Aqui, por trás de operações levadas a cabo por aquela flor de pessoa chamada Marcos Valério. Quanto ao direito de resposta, saibam que nas medidas desejadas pelos navegantes contristados, só por meio de decisão judicial. José Dirceu pediu a publicação de uma carta, esclarecemos que teria de ser de dois mil toques para caber na seção competente. Ele desistiu. Quando a diferença de opinião, ou interpretação, entre o Retrato do Brasil e CartaCapital, é bom anotar que a publicação dirigida por Raimundo Pereira contesta não é a nossa revista, e sim a validade e a consistência da Operação Satiagraha, aquela que acabou por mostrar, entre outras, as faces de Nelson Jobim e Gilmar Mendes. Na oportunidade, Dantas mostrou seu excelente conhecimento dos gabinetes e corredores do poder ao esperar por “facilidades” nas mais altas instâncias da Justiça nativa. De fato as teve, como as têm desde a Operação Chacal, a qual já vai para cinco anos, sem que a opinião pública tenha tido a mais pálida chance de inteirar-se do conteúdo dos discos rígidos do Opportunity, apreendidos pela PF. Quero sublinhar que, por ora, não voltarei a falar no assunto neste blog.
escreveu em quinta, 16 de outubro de 2008 às 10:32:
Não sou um contristado navegante pedindo direito de resposta para José Dirceu (não o conheço, nem sou petista). É que acho que a imprensa julga-se acima do bem e do mal e pode falar, dizer o que quiser seja quem for e não acontece nada. Estão acima das leis. Mas, se o cidadão só tem direito de resposta atraves de decisão judicial...que vão a merda a imprensa e o judiciario que para mim são farinha do mesmo saco, cada um mais corrupto que o outro. Saúde.
quinta, 16 de outubro de 2008 às 13:10
Com este eu falo
Respondo a Brigulino, que não é contristado navegante. A Veja escreveu coisas terríveis a meu respeito e eu invoquei junto à Justiça o direito de resposta. Cheguei a escrever uma carta de menos de dois mil toques para caber no espaço da seção competente da fragata da esquadra abriliana. Nem assim meu texto foi publicado, um juiz da Lapa negou meu pedido. A editora da arvorezinha tem sua primeira instância na circunscrição da Lapa. A José Dirceu oferecemos espaço na seção de cartas, e também a possibilidade de uma entrevista. Nós faríamos as perguntas que quiséssemos, ele daria as respostas que bem entendesse.
escreveu em sexta, 17 de outubro de 2008 às 11:14:
Mino, é Briguilino. Quanto a sua resposta o que tenho a dizer na altura da minha mediocridade é a maxima popular: Um erro não conserta o outro. Se a inVeja não fez a parte dela... que a CartaCapital faça a sua. Mino por que você não oferece aos leitores a assinatura digital da Carta? Não leio a revista todas semanas por falta de $$$ para comprar. Saúde.
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