2010 a corrida já começou



As avaliações do quadro político após as eleições deste ano mostram uma grande vantagem dos partidos da base aliada do presidente Luís Inácio Lula da Silva. 
Os governistas conquistaram 21 das 26 capitais e as prefeituras de 4.271 municípios, totalizando 85,7 milhões de votos. 
A oposição ´comeu poeira´, elegendo prefeitos de cinco capitais e de 1.413 municípios, totalizando 36,2 milhões de eleitores. 
A vitória acachapante da base aliada, porém não significa que 2010 já esteja ´no papo´ de um aliado de Lula, mesmo porque a base caminha para um rompimento natural dentro de dois anos. 
O PMDB, inflado com a vitória em 1.203 cidades, incluindo metrópoles como o Rio de Janeiro, Salvador e Porto Alegre passou a ser cortejado também pela oposição.
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), provável candidato a sucessão do presidente Lula, elogiou a performance dos peemedebistas nas urnas afirmando que uma aliança para 2010 não estaria descartada. 
Mas o PMDB, pelo que afirmam seus líderes, entusiasmados com o sucesso eleitoral, poderá lançar candidato próprio, isto é, se até lá surgir um nome de peso. 
Com o patrimônio de quase 30 milhões de votos, o maior partido do Brasil está podendo decidir seu futuro, sem ficar na sombra de ninguém.

Um comentário:

  1. O que falta ao PMDB não é “um nome de peso” para ser candidato a Presidente. O partido tem bons quadros, administradores competentes. Mas é um partido envolto no cipoal das lideranças regionais e não consegue chegar a um consenso sobre um candidato próprio. Nas próximas eleições, no Rio, poderá apoiar o candidato de Lula; em São Paulo, o candidato do DEM, que poderá ser Kassab. Falta ao PMDB um programa consistente; falta identidade política; falta ideologia e sobra fisiologia. O MDB era a antítese da ARENA. Mudou o nome para PMDB, enquanto a ARENA mudou para PFL e agora, DEM. Com nova denominação, esses partidos estiveram plugados em vários Estados, em perfeita simetria de voltagem, fenômeno há algum tempo impensável. Essa tese de que a vitória do PMDB, no maior número de prefeituras, representa uma vitória da base governista é questionável: não se sabe ainda se os frutos dessas vitórias serão colhidos pelo governo ou pela oposição.

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