Nunca pagamos tanto a tão poucos

Numa quase paródia à famosa frase do estadista inglês Sir Winston Churchil, que ao falar sobre a salvação da Europa do nazismo afirmou que "nunca tantos deveram tanto a tão poucos", ou ainda ao presidente Lula, que com freqüência afirma "nunca antes na história desse país..." eu diria que nós, no Brasil, nunca economizamos tanto para pagar tanto.

Haja superávit! R$ 132,9 bilhões até outubro, um montante 24,7% maior que o de 2007 no mesmo período. Mas o mais grave: haja serviço da dívida interna! Pagamos de juros R$ 137,7 bilhões nos últimos dez meses.

Uma brutal e violenta transferência de renda de toda sociedade para o setor financeiro e rentista, a maior concentração de renda do mundo,já que 70% da nossa divida interna é detida por não mais que uma dezena e meia de milhares de pessoas jurídicas e físicas, empresas e famílias.

Esse é o preço que pagamos por termos a maior taxa de juros do mundo - 7,50% de juros real - graças a manutenção de um taxa selic totalmente desnecessária, responsável, em grande parte, pela super valorização cambial que tivemos e agora pela brutal desvalorização do real e pela saída de investidores estrangeiros da bolsa de valores, totalmente dependente desses capitais.

Enquanto isso o Brasil tem centenas de bilhões de reais aplicados no mercado de títulos públicos, que bem podiam estar investidos nesse mercado de capitais e financiando a produção e os serviços.

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