A surpresa do COPOM

O Banco Central deu à luz, nesta quarta-feira, a nova taxa básica de juros do sistema financeiro, aplicando na Selic o maior corte do governo Lula: um ponto percentual, rebaixada de 13,75% para 12,75% ao ano - numa decisão que superou a expectativa da maioria dos agentes econômicos, mas que faz todo o sentido.

A inflação está em declínio e o desemprego, em expansão. É urgente, até para o pacote anticrise, injetar crédito menos caro nas veias da economia brasileira. Essa bola redonda, agora, está com os bancos brasileiros. 

É que é do Brasil a maior reserva de potência do mundo para travar a desaceleração da economia. Soltar as amarras do crédito bancário, o mais curto e mais caro deste planeta capinanceiro.

É realmente difícil sustentar o crescimento da economia com as empresas, ainda hoje, pagando juros de até 67% ao ano para produzir, e as famílias, em média, juros acima de 150% para consumir.

Como diz o vice-presidente José Alencar, é uma overdose de arrocho bancário da categoria do mal desnecessário. Ah! Desde setembro de 2005 até hoje, a Selic baixou 35%; a taxa do spread, só 3%. 

Joelmir Beting

Um comentário:

  1. Ah, sim! Também fiquei muito surpreso com o corte feito pelo COPOM. Mas a medida vem em boa hora! Os juros no Brasil são qualquer coisa insustentável, especialmente o spread. Disponibilizar crédito também é fazer política social, é permitir que as pessoas consumam, o que incentiva a produção e logicamente estimula emprego e renda. O súbito aumento do desemprego no Brasil é inadmissível, acho que há muito oportunismo das empresas. Toda medida para combater este processo deve ser aplaudida.

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