Em essência, o que está em discussão e em disputa, então, são os R$ 162 bilhões/ano que pagamos de juros da divida interna. É a participação do setor financeiro e dos que vivem de rendas no bolo nacional, é a questão da distribuição de renda, riqueza e poder, que se expressa, inclusive, na timidez e cautela da mídia ao tratar do tema.
Na verdade, o nosso sistema bancário mal cumpre o seu papel de financiar a produção e o consumo. É mais um grande administrador de carteiras de aplicações – de apenas 13 mil pessoas físicas e jurídicas que detêm 70% da dívida pública (nestas incluídos os próprios bancos e instituições financeiras), e dos outros 30% constituídos por 7 a 8 milhões de pessoas físicas e jurídicas pequenos investidores.
A este contingente de rentistas tem sido assegurados juros reais de 10% ao ano nas suas aplicações, um lucro impensável em qualquer lugar do mundo hoje quando os juros, na média, são negativos na maioria dos países.
Complexa, envolvendo uma teia de interesses variados, a questão, no entanto, precisa ser resolvida para o país se desenvolver.
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Um dos motivos para queda de Dirceu foi ele não tão ser conciliador quanto Lula. O resto foi a tentativa de golpe.
ResponderExcluirApenas 13 correntistas recebendo mais de 70% dos juros pagos pelo país, issto não pode dar certo.
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