Um Aviso aos navegantes

"O colapso da ordem liberal foi acompanhado de instabilidades financeiras, monetárias e cambiais devastadoras, transmitidas  por meio dos circuitos financeiros e comerciais que articulavam as economias nacionais", afirma Luiz Gonzaga Belluzzo, professor de Economia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - e presidente do Palmeiras - no artigo "Protecionismo e crise social", publicado nesse domingo (08.02) na Folha de S.Paulo. 

Numa leitura que recomendo aos meus amigos leitores, o professor Belluzzo, em análise muito boa e que funciona como uma advertência, sai do liberalismo e vem para os nossos dias, para a crise atual e chama a atenção para riscos que ela encerra e que nem todos percebem.

"A crise realizou a proeza de explicitar a violência essencial que espreita a sociedade quando o indivíduo livre é lançado na liberdade desamparada. Nesse abismo sem fundo, germina a hostilidade em relação ao 'outro': primeiro as importações, depois o imigrante, o estrangeiro, para culminar na eliminação da diferença sob qualquer forma", observa Belluzzo.

Esse é um dos grandes riscos da crise, os que se aproveitam dela para "eliminar todas as diferenças e mergulhar naquilo que é absolutamente semelhante, a totalidade uterina e intolerante da massa informe e manipulável.". 

Leia e envie seus comentários para analisarmos juntos essas constações e riscos apontados pelo professor Belluzzo.

José Dirceu

 

Um comentário:

  1. Professor Belluzzo, infelizmente as coisas vão continuar instáveis tanto no Palmeiras, quanto mundo afora. O Palmeiras continuará a ser um clube social onde os empresários alocam jogadores para vender ao exterior. A economia mundial não passará por regulamentação: após o aporte de recursos estatais, seguirá em frente, livre, leve e solta. Há quem diga que essa crise era previsível. Roger Garaudy já dizia: “A falência histórica do Ocidente é uma falência de sua cultura, quer dizer, de sua maneira de conceber e de viver suas relações com a natureza, com os outros homens e com o divino”.

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