Novo ciclo de crescimento

"O Brasil é um dos primeiros países a sair da crise. Isso significa que o (nosso) ajuste contra a crise foi mais rápido, o custo menor e a qualidade melhor (a soma disso) facilita um novo ciclo de expansão que, a meu ver, começa em 2010".

A constatação - e ótima previsão - de Guido Mantega, feita no Rio em seminário "Cenários e perspectivas para o Brasil" promovido pelo jornal O Globo, vem calçada em dados e em todo o quadro de informações de que ele dispõe na condição de ministro da Fazenda.

Sua exposição reforça o que registro nesse blog há pelo menos dois meses, desde que os indicadores apontam que retomamos o crescimento já a partir do segundo trimestre deste ano e que são ainda melhores as condições econômicas para 2010.

Em sua palestra Mantega lembrou que após ter encolhido 3,6% no último trimestre do ano passado e 0.8% no primeiro desse ano, nossa economia cresceu 1,6% entre abril e junho últimos.
Os dados antecipados pelo ministro - novas taxas oficiais do crescimento serão divulgadas pelo IBGE no início de setembro (semana que vem) - confirmam o que tenho dito aqui sempre: com a recuperação, até o final do ano podemos ter crescido mais de 1% em 2009 e mais do que 4% no próximo ano.

Interessantes, também, dois outros pontos destacados pelo ministro, porque reveladores do acerto das medidas anticíclicas adotadas pelo nosso governo.

Mantega adiantou que o Brasil dispendeu o equivalente a 0,8% do seu PIB em cortes de tributos e investimentos, enquanto os Estados Unidos gastaram 5,6% e a China 13%. Fomos, assim, um dos países que menos gastaram em políticas públicas para atenuar os efeitos da crise econômica internacional.

2 comentários:

  1. Como diz o PHA: " Bay, bay Serra 2010".

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  2. Segundo o Dieese, o desemprego está em 15%. O que interessa é emprego.

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