Agora veja o que pensa o ex-presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Almir Pazzianoto Filho:
"O movimento sindical brasileiro, de tempos em tempos, por falta de coisa melhor a fazer, retoma a questão da redução da jornada de trabalho sem redução de salário. Sobretudo agora esse tema não deveria vir à tona. Por lei, sobretudo como norma de caráter constitucional, é rigorosamente inaceitável. Nós não deveríamos estar cogitando desse assunto, ocupando o Congresso com debates desse tema."Ele é de opinião que a possível redução da jornada de trabalho pode quebrar muitas empresas.
Por aí já se imagina que o dr. Pazzianoto, quanto estava no TST, tendia a favorecer as empresas nas contendas.
É hora de romper paradigmas. O ser humano deve ser livre. O trabalho não pode ser fator de escravização.
Desconfio que aquela frase que reza que "o trabalho dignifica o Homem" foi criada pelo depto. de Recursos Humanos de alguma grande empresa.
O trabalho só dignifica o ser humano quando executado com prazer, quando o estimula a novas descobertas ou produz a agradável sensação, no fim do dia, de ter realizado algo importante.
Para não ficarmos só com a opinião rançosa do dr. Pazzianoto, vamos ouvir o economista Marcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicadas (Ipea), em matéria veículada pelo site www.vermelho.org.br. Argumentando que muitas pessoas estudam e trabalham, ele lembra que, na prática a pessoa fica 4 horas no transporte, 8 horas no trabalho e mais 4 horas na Escola.
“É uma jornada de trabalho igual a dos operários do século XIX. Como é que alguém vai ter tempo de ainda abrir um livro? Estudar e trabalhar não combina.”Surpreendentemente, ele propõe:
“Não há mais razão para se trabalhar mais do que 12 horas por semana.”
Imagine-se um mundo sem a escravidão do trabalho mecânico dos operários que, via de regra, consiste em tarefas repetitivas que embotam a mente e a criatividade!
Imagine-se quantos artistas, quantos cientistas, quantos gênios estão por ser revelados, mas nós perdemos essa riqueza cultural porque não lhes damos educação, estímulo, oportunidade.
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