Se o Brasil já fosse sério, Rathur Virgílio (PSDB-AM), não seria o líder da oposição no Senado.
Se o Brasil já fosse sério, claro, José Serra não seria candidato a candidato a presidente do Brasil.
Os profissionais da esculhambação do Brasil estão preocupados e disparam suas armas. Percebem que a revolta contra Sarney é uma revolta contra eles todos. Uma revolta contra o lado tucademopiganalha do brasileiro. Contra a impunidade. Contra esse sistema político cada vez mais podre e insuportável.
Sarney foi presidente, governador, deve ter a mais extensa ficha da política brasileira e um dos maiores patrimônios. O movimento contra (o que) Sarney (representa) pode até ser derrotado no Senado, mas leva uma vitória ao país: a indignação cresce, a internet a difunde e mobiliza. Esse arranjo político é tão velho e anacrônico que seu fim se impõe.
O governo Lula é o seu declinio. Quando a esquerda não virou direita, e não foi seduzida pelo dinheiro e pelo poder, nessa ordem. A tucademopiganalhada sente o final da políticagem que sempre praticaram.
A ânsia tucademista em viabilizar sua volta ao planalto ter carta branca para voltar a fazer o que sempre fizeram desde 1500 levou-os ao desespero. E fez com que atacassem um dos seus maiores representantes. E pode arrastar o PSDB/DEMO/PPS a um abraço de afogados.
Em 2010, o eleitor terá a 2ª oportunidade de se manifestar sobre o governo Lula e tudo o que ele representa. A tucademopiganalha está assustada, alguns em pânico, especialmente em São Paulo.
Em 2006, o Brasil tinha cerca de 35 milhões de usuários de internet. Em 2008, 54 milhões. Em 2010, devem ser já metade do eleitorado. E mesmo com a nova lei eleitoral que quase a amordaçou, a web terá efeitos extraordinários e ainda desconhecidos nas próximas eleições (a vitória de Obama não deixa dúvidas).
Assim, o Rathurgate desanimou e desenergizou a furibunda oposição. Pesquisas estão mostrando crescimento de Dilma Rousseff e atrofiamento de Serra já não há dúvidas. Nos Estados, tucademos terão de explicar porque só agora descobriram que Sarney é Sarney, e o silêncio que fizeram sobre ele quando estavam do mesmo lado.
Ironicamente, Sarney no cargo, apoiado por Paulo Duque, Renan Calheiros, Fernando Collor e Lula, deve ser melhor para a situação do que ele deposto.
Não que a oposição seja melhor. As práticas eram as mesmas no governo anterior. O problema não é do governo, é do regime.
Serão mudanças enormes, talvez distantes, mas o ataque ao oligarca maranhense é um passo nessa estrada.
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