PARÁ, ENERGIA DO BRASIL

O Pará, estado com uma população de 7.321.493 habitantes, uma extensão de 1.247.689,515 km² e que mantém uma trajetória de crescimento do PIB acima da média nacional, tem potencial hidrelétrico para abastecer todos os domicílios brasileiros por quase um ano e meio de forma initerrupta. É o que diz O Liberal, um dos maiores jornais da região Norte, a partir de dados da Eletrobrás e Eletronorte.

O IBGE estima que o Brasil – que tem uma previsão de crescimento econômico acima da média mundial – cerca de 5% ao ano – terá em torno de 63,2 milhões de unidades residenciais até 2017.
Mas isso não é o suficiente para evitar um novo apagão energético. O Governo Lula sabe da capacidade das bacias hidrográficas paraenses e já deu início à exploração dos 38,2 mil megawatts (MW) que os nossos rios podem oferecer.




A questão maior reside no desequilíbrio, ou melhor, no desastre ambiental e social que o desenvolvimento energético causará com o impacto das barragens na região amazônica, segundo alguns “especialistas” – sempre eles.

Até 2018 o Governo prevê a construção de pelo menos seis usinas hidrelétricas no Pará, além da de Belo Monte, de acordo com o cronograma do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que destinará até 2010, R$ 32,7 bilhões somente para infraestrutura energética para a região Norte. Grande parte dessa verba deverá ser aplicada no Pará.
Até 2010, o Programa de Ações Estratégicas do Sistema Eletrobrás (PAE 2009-2012) prevê que em aproximadamente 13 anos o Pará deverá ter cinco grandes empreendimentos em funcionamento.



Entretanto, a energia gerada não é prioridade do Pará. Ela vai ser distribuída para os maiores mercados brasileiros através do SIN – Sistema Integrado Nacional. O SIN constitui uma grande rede de linhas de transmissão de energia elétrica que se encontra em processo de ampliação em todo o País.

Pesquisadores e especialistas que se opõem ao projeto de construção de hidrelétricas na Amazônia ligam o referido projeto aos interesses econômicos de grandes empreiteras, como Andrade Gutierrez, Odebrecht e Camargo Corrêa.


O jornal, que é afiliado do sistema Globo – e por isso está longe de ser imparcial – ocupou-se de 90% de sua página para produzir uma matéria que fala sobre a questão do sedesenvolvimento energético no Pará. Desse total, uma média de 30% constitui a informação puramente noticiosa, enquanto o restante está recheada da opinião particular e direta do repórter, somada a depoimentos de pesquisadores, “especialistas”, líderes de igrejas, dirigentes de ongs e uma vasta legião de opositores ao projeto de exploração do potencial hidrelétrico no estado.
Não é difícil notar o caráter opositor do jornal ao Governo Lula no desenvolvimento da matéria.


Voltando ao foco da questão, o mínimo que o Pará pode esperar é que, com tanta energia gerada, o estado não permaneça ostentando a situação vergonhosa de ver, ainda, regiões aonde são usadas as usinas geradoras de energia movidas a óleo diesel, como as que abastecem a população do arquipélago do Marajó.

Mesmo com a Hidrelétrica de Tucuruí, uma das maiores usinas do País, o Pará está perdendo em torno de 150 mil empregos diretos e indiretos por falta de energia que moveria a usina produtora de alumínio, em Juruti, oeste do estado. Lá está concentrada a 3ª maior reserva desse mineral do mundo.

A matéria-prima é a bauxita.



Por falta de energia elétrica permanente e barata é que a mineradora Alcoa vai beneficiar em São Luís/ Maranhão, toda a bauxita produzida em Juruti.
O beneficiamento é feito pela Alumar.


Aos desantentos, um detalhe: para que a bauxita extraída no Pará seja beneficiada aqui, gerando emprego e renda, ao invés de fazê-la no Maranhão, é preciso energia segura. E quando se fala em energia se fala no Ministérios de Minas e Energia, cujo titular é o senador Edison Lobão.
Ele, Lobão, que tem demonstrado pouco ou nem um empenho para que a energia chegue até Juruti é maranhense.


Mesmo assim, com ou sem energia em Juruti e com o nosso alumínio sendo beneficiado no Maranhão, o Pará continua sendo um estado rico e promissor, um dos que mais cresce no país.



O Pará é e continuará sendo a estrela que ilumina o Brasil.

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