MST: INVASÃO E RAZÃO

Particularmente não entendo nem como razoável, muito menos como construtiva a ação do MST ao destruir “alguns” sete mil pés de laranjas em uma fazenda no interior de São Paulo.
Sites independentes – que não repetem a linha editorial do PIG – não deixam transparecer suas intenções (mas elas acabam se tornando evidentes) se esforçam em demonstrar que a citada fazenda pertence à União.

Coisa que a mídia entreguista brasileira faz questão de esconder.
Todavia, esse fato não justifica, no meu entendimento, a ação praticada pelo MST.
Ela contribui tão somente para o aumento do descrédito do Movimento junto a sociedde civil e para a exacerbação do ódio virulento das elites, sobretudo da bancada ruralista, no Congrasso Nacional.




A pretexto de reivindicar a reforma agrária, o atos do MST findam por acirrar o conflito e dar sentido e razão aos argumentos dos seus críticos e opositores.
O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), em nota, afirma que não aprova tais atos porque eles dificultam a resolução dos conflitos fundiários e prejudicam o avanço da reforma agrária no país.



Mas o Incra deixa claro que a fazenda pertence mesmo à União e não à empresa que reivindicou (e já obteve na Justiça) a reintegração de posse.


Ou seja, se restitui a alguém aquilo que não é dela. E se não é dela não poderia ser restituído.
“O Incra informa que a fazenda Santo Henrique, localizada no município de Borebi, São Paulo, e ocupada pelo MST, é objeto de ação reivindicatória proposta pela autarquia em agosto de 2006, por pertencer a um conjunto de terras públicas da União que constituíam o antigo Núcleo Colonial Monção. No momento, o Incra aguarda decisão da Justiça Federal sobre a posse do imóvel”.

Não entendo por que a União (Incra) permite que os grandes oligopólios se façam de donos de terras públicas constituídas de tão imensas áreas e delas retirem e tripliquem suas riquezas enquanto é negado um pedaço de terra para quem necessita trabalhar e manter o sustento de suas famílias.

O MST tem cometido um festival de besteiras e insanidades país a fora. Seus atos revelam truculência e selvageria, até. No caso da fazenda Santo Henrique, localizada no município de Borebi, como em outros vários casos, não é tão fácil entender a contrariedade do MST diante da injustiça que é a divisão da terra no Brasil o quanto é difícil aceitar atos nada racionais e violentos.

Se o MST luta pela terra e pela riqueza que ela produz, esta (a riqueza) já fora produzida – refiro-me às laranjeiras destruídas.

Destruir, depredar coisas e prédios e até matar animais, revela um sentimento hostil do MST e faz crer que ele luta por uma causa na qual já não acredita.
Se assim fosse, a luta do MST além de inglória e de não valer apena, só lhe acarretaria ainda mais a responsabilidade de responder pelos crimes que lhe imputam.

Para isso, para lhe fazer graves acusações, aí sim, a mídia da direita está como sempre esteve: pronta para servir a elite nacional e mostrar somente um lado da moeda (os fatos) para dizer que a razão se encontra com quem sempre esteve (para ela) com a razão - os ricos.

Um comentário:

  1. Tivéssemos governo com autoridade, tais fatos não ocorreriam. Os crimes fazem lembrar a "política" da terra destruída do enaltecido - pelos membros do MST e MLST - líder Hitler.

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