Preso à janela do trem, Observo uma paisagem. Estranha para mim. Chamo-a, natureza, Chamamos-la, Deusa. Entre tanto primitivismo, Descobri um pouco de vida Nas pequenas plantas Que margeiam a estrada, Por onde passa esse trem. Há no campo, lá distante Uma pequena e rústica casa. Rústica como o que a cerca. Porém, os ventos sopram, Carregando um imenso amor, O amor do mundo todo, para lá...seu lugar Como eu gostaria de poder ficar...me deixar ficar. Ficar como ? Sou um homem da cidade, Transbordando direitos e deveres, Imerso em obrigações engravatadas, Com códigos e posturas...para ir ao banheiro E ainda chamam-me de livre
IRÔNICA LIBERDADE
ResponderExcluirPreso à janela do trem,
Observo uma paisagem.
Estranha para mim.
Chamo-a, natureza,
Chamamos-la, Deusa.
Entre tanto primitivismo,
Descobri um pouco de vida
Nas pequenas plantas
Que margeiam a estrada,
Por onde passa esse trem.
Há no campo, lá distante
Uma pequena e rústica casa.
Rústica como o que a cerca.
Porém, os ventos sopram,
Carregando um imenso amor,
O amor do mundo todo, para lá...seu lugar
Como eu gostaria de poder ficar...me deixar ficar.
Ficar como ?
Sou um homem da cidade,
Transbordando direitos e deveres,
Imerso em obrigações engravatadas,
Com códigos e posturas...para ir ao banheiro
E ainda chamam-me de livre