NOS BAILES DA VIDA

Mil tons

Um comentário:

  1. IRÔNICA LIBERDADE

    Preso à janela do trem,
    Observo uma paisagem.
    Estranha para mim.
    Chamo-a, natureza,
    Chamamos-la, Deusa.
    Entre tanto primitivismo,
    Descobri um pouco de vida
    Nas pequenas plantas
    Que margeiam a estrada,
    Por onde passa esse trem.
    Há no campo, lá distante
    Uma pequena e rústica casa.
    Rústica como o que a cerca.
    Porém, os ventos sopram,
    Carregando um imenso amor,
    O amor do mundo todo, para lá...seu lugar
    Como eu gostaria de poder ficar...me deixar ficar.
    Ficar como ?
    Sou um homem da cidade,
    Transbordando direitos e deveres,
    Imerso em obrigações engravatadas,
    Com códigos e posturas...para ir ao banheiro
    E ainda chamam-me de livre

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