De 2005 até agora, o número de escolas federais de educação profissional criadas – 141 – foi praticamente o mesmo que o de 1909 a 2002 – 140. A marca foi alcançada nesta segunda-feira, dia 1º, com a inauguração simultânea de 78 unidades em todo o País, feita pelo governo federal. Outras 99 unidades estão em obras e devem ficar prontas até o final deste ano, elevando o número para 380, que oferecerão mais de 500 mil vagas. O investimento total é de R$ 1,1 bilhão. “Com o apoio dos reitores dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia, o MEC foi capaz de fazer 100 anos em quatro, dobrando a rede de educação profissional e tecnológica”, destacou o ministro da Educação, Fernando Haddad.
As escolas inauguradas nesta segunda-feira representam um investimento inicial de R$ 175 milhões, entre construção, equipamentos e mobiliário. Dessas 78 unidades, 32 já estão em funcionamento, com mais de oito mil estudantes matriculados. As demais começam a funcionar a partir de março. Quando estiverem em pleno funcionamento, as novas escolas poderão atender juntas a quase 100 mil alunos com cursos técnicos, licenciaturas e superiores de tecnologia.
De acordo com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a questão da melhoria da educação entrou em pauta no Brasil por um desejo da própria sociedade. “Quando começamos a abrir as comportas, milhares de pessoas começaram a cobrar uma melhor educação. Descobrimos até a sede dos prefeitos por escolas de educação profissional; não existe uma única cidade que não queira ter uma escola técnica”, afirmou.
“A partir de hoje, mais de 50 mil jovens terão a oportunidade de viver a sensação que eu vivi ao ingressar em um curso técnico. Fazer parte de um instituto federal também é questão de autoestima para os estudantes”, disse a aluna do Instituto Federal do Espírito Santo, Bianca Silva. A reitora do Instituto Federal de Santa Catarina, Consuelo Sielski, acredita que as escolas de educação profissional estão mudando a cara do País, ao formar profissionais qualificados em diversas áreas. “E nós reitores temos o compromisso de dar qualidade a essa educação, destinada a todos.”
Institutos – Em dezembro de 2008, os centros federais de educação tecnológica (Cefets), as unidades descentralizadas de ensino, as escolas agrotécnicas, as escolas técnicas federais e algumas escolas vinculadas a universidades deixaram de existir para formar os institutos federais de educação, ciência e tecnologia. São 38 institutos em todos os estados, oferecendo cursos técnicos, cursos superiores de tecnologia e licenciaturas. Também integram os institutos as unidades que estão sendo entregues dentro do plano de expansão da rede federal.
Concursos – Para garantir o funcionamento das novas escolas, os institutos federais realizarão concursos públicos para contratação de professores e técnicos administrativos. O Ministério do Planejamento já autorizou a abertura de concurso público para a contratação de 8,9 mil profissionais de educação, sendo cinco mil professores e 3,9 mil técnicos administrativos. Os cargos foram aprovados pelo Congresso Nacional.
Lula pode até multiplicar por 100 o número de escolas técnicas, universidades e profissionalizantes no Brasil.
ResponderExcluirSe não melhorar a qualidade do ensino, que vem é piorando dia a dia conforme relatórios do MEC e da Unesco, vai ser dinheiro jogado fora.
Só vai servir para campanha eleitoral e para criar uma geração de frustrados que não vai conseguir se inserir no mercado de trabalho.
A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, a Unesco, divulgou relatório no final de janeiro deste ano demonstrando que a qualidade do ensino nas escolas brasileiras é inferior a de países como Paraguai, Equador e Bolívia. Das 128 nações avaliadas no estudo, o Brasil ficou em 88º lugar. Em 2004, o país estava em 72º lugar.
ResponderExcluirSegundo a Unesco, os principais gargalos da educação no Brasil são a má qualidade e a infraestrutura física precária. Alguns dados são constrangedores. Mais de 17,8 mil escolas não têm energia elétrica e só 37% possuem bibliotecas. Fonte: O Estado