A política externa brasileira, uma versão não autorizada

O historiador e cientista político Luiz Felipe de Alencastro, titular da cadeira de História do Brasil na Sorbonne desde 2001, foi entrevistado pelo Valor (ver aqui).

A política externa brasileira, tão criticada pela grande mídia empresarial tupiniquim, foi um dos temas pautados. Luiz Felipe de Alencastro tem uma visão diferente daquela generalizada pelo PIG. Confiram abaixo:

Valor: A política externa brasileira tem recebido elogios no exterior, mas críticas pesadas no país. A que o sr. atribuiria essa disparidade?

Alencastro: Pela primeira vez, desde 1850, quando a marinha de guerra inglesa bloqueava a baía de Guanabara por causa do tráfico negreiro, a diplomacia brasileira entrou na agenda da campanha eleitoral nacional. Acho uma coisa muito boa. Durante a ditadura, política externa era um assunto secundário. Depois, com a internet, os jornais desistiram de ter sucursais e correspondentes no exterior. Ora, a política externa virou um assunto complexo, mas o Brasil não tem especialistas suficientes nos jornais ou nas universidades. A imprensa não segue política internacional de maneira adequada. Exige-se mais conhecimento específico dos jornalistas esportivos que de quem cobre o setor internacional. Há um quarteto de embaixadores aposentados que estão sempre na televisão, batendo em Celso Amorim e Lula. Repetem que a política externa é um desastre. Desastre? Os jornais americanos e europeus discordam. Nunca vi o Brasil com tanto prestígio. É até desproporcionado, dado o peso ínfimo do país no comércio internacional. Ao contrário da Índia e da China, potências atômicas com peso comercial enorme. Em maio, Lula vai ao Irã e está sendo criticado no Brasil. Já a “Economist” diz que é bom, porque abre novos canais de comunicação entre Estados Unidos e Irã. Nos últimos dias, a diplomacia brasileira usou com habilidade as regras da OMC e as manobras políticas para rebater o protecionismo americano na questão do comércio do algodão. Tenho certeza de que esse assunto, que começou em 2002 e ainda não terminou, ficará como um marco na histórilomática.

Um comentário:

  1. O lulo petista autor do post quer esconder o sol com a peneira. A política externa brasileira tem sido um fisco completo e o Brasil continua cada vez mais isolado no cenário mundial.

    Atualmente só efendem o Irã o Brasil e a Turquia. O presidente do Hamas já mandou Lula ir para a pqp quando Lula se disposa a intermediar o conflito entre palestinos e israelenses.

    Na conferência sobre energia nuclear Lula ficou falando sozinho e ninguém deu bola para seus pronunciamentos a não ser os fanático petralhas no Brasil.

    A crise em Honduras foi outra que deixou o Brasil isolado falando sozinho. Hoje nem Zelaya se lembra mais de quem é Lula ou Celso Amorim.

    ResponderExcluir