Barbárie no Irã

Jornal de domingo 08 de agosto 2010
Sakineh
Mohammadi Ashtiani
A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) denunciou na última quarta-feira (4) a manobra do governo iraniano, que mudou para “assassinato violento” do marido a acusação sobre Sakineh Mohammadi Ashtiani, que havia sido condenada a receber 99 chibatadas e, em seguida, ser apedrejada até a morte pelo “crime” de adultério, apesar de ser viúva. Marisa observou que essa mudança pretende retirar o caso da iraniana do âmbito dos direitos humanos para amenizar os protestos mundiais e impedir sanções de países desenvolvidos. “Nós mulheres não podemos aceitar, em hipótese alguma, em qualquer lugar do mundo, que casos como esses aconteçam e passem em brancas nuvens, como se a gente não fizesse parte da humanidade. É uma discriminação violenta, arbitrária, inadmissível contra as mulheres não só daquele país, mas do mundo. São questões que passam da sabedoria humana. Como se pode imaginar que uma mulher pode ser apedrejada porque, dois anos depois da morte do marido, foi constatado que ela fez sexo com outro homem?”, protestou. Histórico Pivô de campanha internacional contra o Irã, Sakineh Ashtiani está cada vez mais perto da morte por apedrejamento. Acusada de ‘adultério’, Ashtiani sofre desde 2006 quando foi torturada, levou 99 chibatadas e foi condenada a morte por apedrejamento. Desde então, esta mulher de 43 anos está na prisão. Nessa prática desumana a mulher é firmemente enrolada, da cabeça aos pés, com lençóis brancos, enterrada na areia até os ombros e golpeada com pedras grandes até a morte. Campanha Está percorrendo o mundo uma campanha em prol da libertação da iraniana. Diversos países estão se mobilizando no intuito de oferecer asilo para a mulher. Até mesmo o Brasil já se ofereceu e conta com o apoio dos Estados Unidos para isso. Mesmo assim o País de Sakineh se recusa a reabrir o processo. A confirmação da suspensão ou não da execução, pela Suprema Corte Iraniana deve sair ainda esta semana. Até mesmo o advogado da ‘adúltera’ tem sido fortemente pressionado, tanto é que fugiu do País no último dia 28 e foi preso na Turquia. A campanha internacional, encabeçada por familiares da iraniana e ativistas dos direitos humanos daquele País, prevê a assinatura de uma petição em prol da libertação de Sakineh. O manifesto eletrônico já coletou milhares de assinaturas de pessoas do mundo todo que estão inconformadas com este tipo de atitude em pleno século XX

Para assinar o manifesto, basta acessar o seguinte endereço eletrônico: http://www.liberdadeparasakineh.com.br/

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