A presidenta eleita Dilma Rousseff recebeu nesta segunda-feira o relato do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, a respeito da situação da segurança pública no Estado. Em encontro na Granja do Torto, onde Dilma reside durante o período de transição, Cabral pediu a continuidade da parceria das forças de segurança do Estado e nacionais, e disse que assina nesta terça-feira uma solicitação ao Ministério da Defesa pedindo a permanência de um contingente de cerca de dois mil homens das Forças Armadas para o patrulhamento ostensivo do Complexo do Alemão.
A presidenta eleita Dilma Rousseff em reunião com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Também participaram Antonio Palocci (esq.) e Luiz Fernando de Souza Pezão
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De acordo com o governador, esse patrulhamento é parte do processo que antecede a implantação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), e deve continuar ao longo do primeiro semestre de 2011, ao fim do qual será instalada a unidade no local. O governador do Rio conversou por mais de duas horas com a presidenta eleita. Segundo Cabral, foi uma "longa conversa de amigos", da qual também participaram o vice-governador Luiz Fernando de Souza Pezão e o coordenador da equipe de transição Antonio Palocci.
"A presidente Dilma conhece o Complexo do Alemão, conhece sua população, que deu a ela e a mim uma eleição significativa", disse o governador. "A polulação sempre confiou que essa parceria seria traduzida não só em obras físicas, que já estão acontecendo com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), mas também na paz."
Após o encontro, Cabral destacou a jornalistas que o Estado do Rio tem os recursos necessários para implantar as UPPs, e que espera ainda o reforço de 7 mil homens para dar continuidade à retomada de territórios dominados pelo tráfico. O governador disse que, embora o modelo de parceria com o Ministério da Defesa por enquanto esteja sendo usado apenas no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro, não se descarta a sua utilização em outras áreas que apresentem condições semelhantes. Cabral classificou a parceria como um "novo marco na política de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro e do Brasil".
O governador do Rio contou que ficou "entusiasmado" em saber dos planos da presidenta eleita para a infraestrutura aeroportuária do País, em especial Rio e São Paulo. Segundo ele, a conversa também tratou de propostas de investimento visando à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olimpícos de 2016, e da meta de avançar três décadas ao longo dos próximos seis anos em termos de saneamento, transporte e mobilidade urbana.
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