Dilma, citada nos documentos como "figura feminina de expressão tristemente notável", foi presa por agentes da polícia política, o temido Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), em São Paulo, no dia 16 de Janeiro de 1970. Começou logo a ser torturada e, durante 22 dias, até 6 de Fevereiro, como relatou a juízes militares numa audiência a 18 de Maio desse ano, as torturas repetiram-se diariamente por intermináveis horas.
Instada a comentar e a dar mais pormenores, Dilma esquivou-se, por o tema ainda ser muito doloroso. A agora presidente eleita revelou recentemente no Congresso que, quatro décadas depois, ainda não esqueceu o horror que viveu: "Suportar tortura é dificílimo. Todos somos muito frágeis, somos humanos, temos dor. Há a tentação de falar, porque a dor é insuportável. Quem não a viveu nem imagina quanto", afirmou.
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