1. Este Ex-Blog anotou dezenas de avaliações de deputados, senadores, governadores, presidentes de partidos, comentando o segundo turno e repetindo a mesma cantilena: os eleitores do Estado X, os eleitores do Município Y foram injustos com esse ou aquele candidato. Ou seja: a culpa da derrota foi do eleitor. Houve até líderes de partido colocando a culpa pelo resultado em líder do mesmo partido de outro Estado;
2. O partido Democrata -do presidente Obama- perdeu a eleição parlamentar para o Partido Republicano de oposição. Mais que oposição: uma duríssima oposição nos termos, nos valores e contra as políticas de Obama para a economia e para a saúde.
3. O discurso pós-eleitoral de Obama foi traduzido, por parte dos analistas, como depressivo, humilhado. Na verdade foi tudo ao contrário. O eleitor falou e o presidente dos EUA -em resumo- disse: O eleitor tem razão e eu fui o culpado pela derrota, nunca o eleitor. Sequer dividiu culpa com seu partido.
4. Obama fez o discurso que cabe a um democrata, a um líder: resultado da eleição é o que o eleitor quer, e quem perdeu tem que respeitar a vontade do eleitor e assumir a culpa pelo que não fez, seja o que for, ou pelo que fez mal.
5. Que fique essa lição de como funciona o regime democrático. Culpa é de quem perde: não se transfere, não se justifica, não se distribui. O eleitor julga e decide. Que se melhore para a próxima eleição. Vale lá nos EUA. Deveria valer aqui também.
Cesar Maia
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