E as drogas consumidas pelas altas classes, fica no limbo?...

Cocaína consumida por altas classes, particularmente no Rio...
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Sérgio Cabral
Muito boa e mais do que necessária de ser posta em prática já a proposta feita pelo governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB) de a presidenta Dilma Rousseff colocar em debate nos fóruns internacionais "a discussão" sobre a legalização das drogas leves.


Um dos argumentos invocados por Cabral para justificar sua sugestão é que a repressão que os poderes constituído precisam desencadear em cima do tráfico e consumo ilegais "mata inocentes". A sugestão é mais do que oportuna, até porque chega dessa hipocisia de debater-se a questão, mas nunca se falar ou responsabilizar os consumidores da maconha, cocaína, crack, etc.

Pior, restringiu-se o debate praticamente só à questão do aumento do consumo de crack - concordo, uma discussão e ênfase corretas - e da maconha, uma droga quase legalizada, já que o combate a ela hoje é quase nenhum.

Mas, e a cocaína consumida pelas altas classes sociais, particularmente no Rio? Não há mais discussão a respeito, não se fala nisso. Fica no limbo, como se a droga não tivesse compradores, portanto, cúmplices do tráfico e dos traficantes.

Pelo contrário, a legislação na prática trata  esse usuário como doente - o que é correto, aliás - como um caso de saúde pública. Mas, é correto só esse lado, só considerá-lo doente e, na prática nenhuma sanção que o desestimule de consumir?

Na prática, hoje, só o traficante e o produtor, ou aquele que beneficia e refina a cocaína, são perseguidos pela legislação com penas cada vez mais longas. É ruim, muito ruim, persistir situação levantada tempos atrás por alguém que apontou a hipocrisia de a Zona Sul fazer passeata durante o dia em Copacabana e Ipanema  contra o tráfico e à noite subir os morros para comprar drogas.

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