A presidente Dilma reafirmou o compromisso com a estabilidade econômica, a liberdade de imprensa e de culto ao ser diplomada na última sexta-feira pelo TSE

Na mesma cerimônia, o vice, Michel Temer, também foi diplomado.

Ela exibiu uma sobriedade e um estilo que já a diferenciam do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em um discurso curto, de seis minutos e meio, Dilma destacou prioridades de sua futura gestão, como a educação, a segurança das comunidades e a saúde de todos os brasileiros. Ao lembrar que é a primeira mulher eleita presidente da República no Brasil, disse que se empenhará em honrar compromissos, cuidar dos mais frágeis e governar para todos.

"Conto com todos e todas, e to dos e todas podem contar comigo", insistiu. Por um momento, pareceu que ia chorar e fez uma pausa. Emocionada, disse que sua eleição "rompe preconceitos, desafia limites e enche de esperança um povo sofrido."

Dilma recebeu o diploma das mãos do presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski. Para a cerimônia, a presidente eleita convidou sua mãe, Dilma Jane, e sua filha, Paula. Também foram chamados os ministros já escolhidos, os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Marco Maia (PT-RS), além dos três coordenadores de sua campanha, Antônio Palocci, futuro ministro da Casa Civil, José Eduardo Cardozo, que assumirá a Justiça, e o presidente do PT, José Eduardo Dutra.

A futura presidente não se esqueceu de Lula, que bancou a sua candidatura, transformou em votos sua própria popularidade e a elegeu. Disse ter consciência de que será muito difícil suceder o presidente que, na sua avaliação, chegou à Presidência pela ousadia do povo brasileiro.

Dilma mencionou, particularmente, as mulheres brasileiras, prometendo respeitá-las, bem como o povo. "Sei que há muitas expectativas em relação ao nosso governo que se inicia", disse.

Posse

Catorze chefes de Estado e de Governo já confirmaram presença na cerimônia de posse da presidente eleita. Segundo o Itamaraty, estão confirmadas as autoridades máximas de Bolívia, Catar, Chile, Colômbia, Coreia do Sul, El Salvador, Guatemala, Guiné, Haiti, Marrocos, Peru, Portugal, Uruguai e Venezuela. Também confirmaram presença os vices de Espanha, Argélia e Gabão. O Itamaraty confirmou a presença da secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, que representará o presidente Obama. O ex-primeiro-ministro do Japão Taro Aso também virá.

O cortejo em carro aberto - um Rolls Royce dado de presente pela Rainha Elizabeth - começará às 14h10 de sábado, dia 1º, na Catedral de Brasília. De lá, segue para o Congresso, onde será oficialmente empossada. Depois, segue para o Palácio do Planalto, onde subirá a rampa. O presidente Lula a recepcionará no topo da rampa.

A transmissão da faixa presidencial ocorrerá no parlatório do palácio, por volta das 16h30. Em seguida, ela recebe os cumprimentos das autoridades estrangeiras presentes. Depois, Dilma volta ao parlatório, onde faz seu pronunciamento ao público reunido na Praça dos Três Poderes. Por fim, volta a desfilar em carro aberto até o Palácio do Itamaraty, onde será servido um coquetel. O número de convidados ainda não está confirmado.

Dilma Rousseff reafirmou o compromisso com a estabilidade econômica e defendeu a liberdade de imprensa ao ser diplomada presidente. Destacou ainda Educação, Segurança e Saúde como prioridades.

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