States censura Wikileaks

Fosse em Cuba, na China, Venezuela ou Brasil...

O serviço de servidores da Amazon.com, um dos principais utilizado pelo site WikiLeaks, concordou em interromper o acesso às páginas da organização nesta quarta-feira (1º), segundo afirmou o senador norte-americano Joe Lieberman.

"A decisão da companhia de cortar o WikiLeaks agora é a decisão correta e deveria estabelecer o padrão para as demais", afirmou Liberman, chefe do Comitê de Segurança Interna do Senado dos EUA.

O acesso ao site estava intermitente e enfrentava problemas desde domingo, quando o WikiLeaks iniciou o vazamento de documentos diplomáticos secretos. Os organizadores do WikiLeaks denunciaram que seu tradicional servidor na Suécia estariam sob ataque de hackers, um problema que teriam resolvido em parte migrando para os servidores da Amazon Web Services, até hoje.

"Servidores da WikiLeaks na Amazon derrubados", confirmou o Twitter oficial da organização. "Liberdade de expressão na terra dos livres. Muito bem, nosso $ agora é gasto para empregar pessoas na Europa".

"Se a Amazon tem problemas com a Primeira Emenda, deveria abandonar o negócio de vender livros", atacou a mesma fonte, em seguida, referindo-se a uma cláusula clássica da legislação dos EUA na qual se defende a livre expressão.

No início da noite de quarta-feira, já era possível acessar o site novamente, após horas de instabilidade. Não está claro quais servidores hospedam o site agora.

Saiba mais sobre o caso

No último dia 28, WikiLeaks iniciou o processo de divulgação de mais de 251 mil registros de comunicações diplomáticas do Departamento de Estado norte-americano, o que seria "o maior conjunto de documentos confidenciais já trazidos a domínio público", segundo a organização.

"Estes documentos fornecerão às pessoas do mundo todo uma visão sem precedentes dentro das atividades estrangeiras do governo dos EUA", anunciou o site na ocasião.

A primeira reação do governo dos EUA foi classificar a atitude do WikiLeaks de "irresponsável" por "coloca vidas em risco". Na segunda-feira, a chanceler norte-americana, Hillary Clinton, afirmou que o vazamento era "não só um ataque à diplomacia dos Estados Unidos, mas à comunidade internacional".

Desde então, centenas de documentos vazados detalharam como os funcionários do governo dos EUA veem os governos do mundo, desencadeando uma série de críticas.

Atualmente, é desconhecido o paradeiro do criador e rosto público do WikiLeaks, Julian Assange. Além de ser acusado de violar segredos de Estado, Assange entrou esta semana na lista de procurado pela Interpol por suposto crime sexual que teria sido cometido na Suécia.

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