Antes mesmo da posse, começaram as pressões sobre Dilma Rousseff

Os mesmos de sempre, ou seja, as elites neoliberais, entre críticas virulentas ao Lula por não ter feito, exigem que a sucessora faça.

Fazer o quê? Atender a seus interesses  retrógrados, expostos nos editoriais dos principais jornalões:

Reforma trabalhista, com o que chamam de "revogação de anacrônicos direitos", daqueles que não conseguiram suprimir até agora.  Sob o pretexto de verem  reduzidos  os encargos das folhas de pagamento das empresas, chegam veladamente  à supressão do décimo-terceiro salário, das férias remuneradas e das horas extraordinárias. Parece brincadeira, mas é aí que pretendem chegar.

Reforma tributária, como a entendem, sob a égide da enganadora proposta de "melhor será mais cidadãos pagarem impostos porque, assim,  todos pagarão menos".  Uma farsa, pois desejam mesmo é taxar os pobres, para os ricos terem diminuídos seus impostos. Forçarão mais isenções, no  modelo daquela maior, de que investimentos e especulações com dinheiro estrangeiro não pagam imposto de renda. Que tal livrar as especulações nacionais, também?

Reforma política é outra moeda de duas faces. No fundo, gostariam de reduzir o número de pequenos  partidos,  mas não só os de aluguel. Visam calar a voz dos pequenos partidos de esquerda, históricos ou modernos, do tipo PC do B, PCB, PSB, Psol e outros, que ainda protestam,  transformando os grandes em massa amorfa, insossa e inodora, nivelados  no  mesmo denominador comum.  Imaginam   PMDB, PSDB, PT, PP e outros cedendo às suas imposições,  já que  manteriam sua independência formal, mas rezariam pela  cartilha da acomodação neoliberal.

Reforma de gestão  também entra no cardápio. Impõem a redução de gastos públicos e a minimização do  poder do Estado, preocupados  em reduzir sua presença na economia e no plano social. Pregam a demissão em massa   do funcionalismo, a suspensão de concursos públicos, o congelamento e  até a redução de vencimentos e salários nas empresas privadas.  Investimentos em políticas públicas, só se participarem dos lucros, da medicina ao ensino, dos transportes à geração de energia.

Reforma da Previdência Social não poderia faltar, dentro do objetivo maior de sufocar o que é público em favor do que pretendem  privado. A meta é nivelar  por baixo todas as aposentadorias, reduzindo-as ao salário mínimo, para levar a classe média a investir nas aposentadorias privadas, como se não fosse direito do trabalhador encerrar  com dignidade suas atividades depois de décadas de esforço continuado.  Alegam que a Previdência Pública dá prejuízo, quando não dá. Além do  mais, o governo é um só, o caixa deveria funcionar num sistema de vasos comunicantes, porque muitas de suas atribuições dão lucro.

Como  o Lula atendeu pouco a essas reivindicações, apesar de haver cedido em muitas, imaginam poder pressionar e aprisionar Dilma Rousseff, cuja estratégia  e  imagem entendem amoldar aos seus interesses. Podem estar enganados...
por Carlos Chagas

Comentário:
Estão quadradamente enganados!!!


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