| Coluna de sábado, de Cesar Maia, na Folha de S. Paulo 1. Se há uma rotina na política são as crises de bolso que ocorrem nos partidos que perdem as eleições. Em geral, duram o tempo dos partidos entenderem que exacerbar os conflitos pela perda de uma eleição é perder duas vezes. Afinal, as circunstâncias criaram um ambiente eleitoral de difícil superação, pelo crescimento reativo da economia após um ano de recessão, o uso e o abuso de recursos gobbellsianos, o descolamento do presidente de seu próprio governo. Para quem gosta de sofrer, vale lembrar que os problemas ocorreram nos anos anteriores às eleições: em 2005 o mensalão e em 2009 a recessão. Se fosse um ano depois, o quadro poderia ter sido diferente. Mas não foi. 2. É verdade que a oposição cometeu erros, e não foram poucos. Entre eles, ignorar a pré-campanha, não coordenar os Estados, imaginar que uma continuidade do tipo "o Brasil pode mais" seria percebida como alternativa, exaltar a condição de "estadista" do principal adversário, monotematizar a saúde e, finalmente, entrar nos escândalos na lógica da imprensa. Mas com uma campanha sem esses erros, o resultado seria o mesmo. Talvez com uma diferença menor e com um sofrimento maior. 3. E por que a oposição está tão deprimida? Porque supervaloriza a popularidade do presidente e começa a antecipar outra derrota em 2014. Alguns dizem assim: se o governo eleito for bem, vai ganhar, e, se for mal, volta Lula como salvador. Raciocínio que estimula os mais afoitos a correr para a ampla "base aliada". Aí pelos Estados, há cargos disponíveis à vontade. 4. A história política mostra que não há nenhuma razão para supervalorizar a popularidade. Não falo de superpopularidade conjuntural, como a de Sarney durante o Plano Cruzado. Ou Jango, líder popular que sucedeu Getúlio e que perdeu a eleição para senador no Rio Grande do Sul um mês e dez dias depois do suicídio que mobilizou o país. Falo de popularidades estruturais. Clemenceau, chefe de governo francês, líder e mito na Primeira Guerra Mundial, que, um ano depois do encerramento dessa guerra, perdeu a eleição e o governo. E Churchill, chefe de governo na Grã-Bretanha, herói da Segunda Guerra Mundial, a quem o mundo deve tanto. Perdeu a eleição e o governo seis meses depois do fim da guerra. 5. Mitos na política são solúveis em qualquer prazo. Mais ainda quando a popularidade é construída como essas pirâmides financeiras, por meio de derivativos de sabão. Mas os solventes devem vir do próprio processo político, aplicados pela oposição. Claro, uma oposição ativa e otimista, que saia rápido do divã e vá às ruas e aos parlamentos mostrar que, debaixo da pele da propaganda, a osteoporose política avança. * * * CHILE PRIVATIZA PARTICIPAÇÃO NAS EMPRESAS DE ÁGUA E ESGOTO! (La Nacion, 02) O Presidente Sebastián Piñera decidiu vender a participação do governo do Chile nas quatro grandes empresas sanitárias do país, com o objetivo de injetar capital para as micro e pequenas empresas e para outras empresas públicas. Os recursos estimados da privatização chegariam a cerca de 1,6 bilhão de dólares segundo estimativas de mercado. O governo chileno venderá sua participação minoritária em quatro empresas. Águas Andinas (tem 34,9%), controlada pelo grupo espanhol Agbar, o mesmo que mantém (através da Águas Andinas) a posição majoritária na Companhia de Serviços Sanitários de Los Lagos (Essal), na qual o Estado possui 45,4%, A terceira é a Empresa de Obras Sanitárias de Valparaíso (Esval), com 29,3% de participação estatal, controlada pelos canadenses Morcague Holdings Corp e pelo fundo de pensão Ontário Teacher's Pension Plan (OTPP). E a quarta é a Empresa de Serviços Sanitários de Bio Bio (ESSBIO), com 43,4% de participação estatal, também controlada pelo fundo Ontário. |
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