Ex-blog do Cesar Maia

Na Argentina, tv aberta não é rentável, hoje


Cesar Maia

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Trechos da entrevista de Luis Velo, principal executivo do Grupo Telefé pertencente à Telefônica de Espanha, a La Nacion (09).
            
1. Telefé não está à venda. É estratégico para telefônica. Não consideraríamos propostas. Telefônica-ES tem diferentes negócios de mídia no  mundo todo. O portal de Internet Terra, TV por assinatura, triple play na Espanha e conteúdos em celulares na Inglaterra. Na Argentina, ademais de Terra, temos uma televisão aberta que é Telefé, que é a única experiência que temos a nível global.
            
2. Ainda se está desenhando o futuro da TV Digital terrestre na Argentina. A expectativa é que em 15 anos haja uma digitalização da TV. A maioria dos sinais deverá financiar-se no mercado publicitário como em outros países. Certamente impactará o negócio tradicional na TV, porque vamos ter que repartir a torta entre mais participantes. Mas os líderes devem seguir mantendo grande parte do investimento publicitário.
            
3. Em termos de audiência, terminamos 2010 tecnicamente empatados. Mas Telefé não está de forma alguma obcecada em ganhar ou perder audiência. Nossa obsessão é com os resultados econômicos, num entorno complicado de concorrência. Em termos de receitas o ano passado foi bom. A Argentina cresceu bem, o mercado de consumo idem. Ficamos com 22% do incremento das receitas publicitárias no país.
            
4. À diferença de outros países, com muitas licenças, onde o mercado publicitário torna rentáveis os operadores de televisão, como na Europa, por exemplo, na Argentina de hoje, a televisão aberta não é rentável. É um modelo onde a torta publicitária não torna rentáveis as poucas licenças existentes, o que dificulta o surgimento de novas licenças. Espero que esse ano Telefé possa ser algo rentável. O mundo da TV aberta é complicado. Esse ano manter a qualidade não será fácil.
            
5. Se há 10 milhões de residências na Argentina, em sete milhões se vê TV por cabo e nas demais por ar. Nós vemos como uma concorrência muito saudável a penetração do cabo. O que é atípico é a grande saturação da publicidade que ocorre hoje aqui na televisão paga. Creio que não há nenhum país do mundo em que esse sinal leve tanta publicidade como na Argentina. Cada um tem sua função. A tv por assinatura tem um conteúdo muito específico. Nós temos um conteúdo de informação geral, entretenimento e grandes eventos esportivos.

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FHC SINALIZA AÉCIO PARA 2014!
            
(blog Josias de Souza, 09) Fernando Henrique Cardoso declara-se, em privado, convencido em relação à escolha do nome que deve representar o PSDB na sucessão presidencial de 2014. Longe dos refletores, FHC revela-se um adepto da tese segundo a qual a fila do PSDB andou. A vez agora, diz o ex-presidente, é do senador Aécio Neves. Na última campanha, FHC trabalhou por José Serra, contra Aécio. Hoje, move-se pelo ex-governador mineiro.  Serra já tentou duas vezes (2002 e 2010), recorda FHC. Geraldo Alckmin teve sua chance em 2006, ele acrescenta.

Acha que não há justificativas plausíveis para sonegar a Aécio a oportunidade de apresentar-se como o presidenciável da legenda na próxima disputa.

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PREFEITURA E FACILITY, E NADA DE LICITAÇÃO!
            
(informe Fernando Molica-O Dia, 10)  A Prefeitura do Rio usou artigo da Lei de Licitações que prevê casos de emergência ou calamidade pública para contratar, sem licitação, a Facility Central de Serviços. A empresa vai atuar na Central de Operações Emergenciais. O contrato foi publicado no dia 30 de dezembro, no último Diário Oficial de 2010, e tem o valor de R$ 5,201 milhões. Caberá à empresa a "gestão integrada de infraestrutura e apoio operacional" do Centro. Na semana passada, o Ministério Público denunciou os donos do Grupo Facility por formação de cartel em licitações do Detran.

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IMPOSTO DE RENDA: MAIS ARROCHO TRIBUTÁRIO SOBRE O CONTRIBUINTE!
                
(editorial Folha SP, 08) A decisão do governo federal de não reajustar a tabela do Imposto de Renda prejudica o contribuinte brasileiro, já submetido a uma carga brutal de tributos.    Nos últimos 15 anos, tanto FHC quanto Lula concederam reajustes abaixo da inflação, o que aumentou a distorção. O tucano manteve a tabela congelada até 2001 e deixou o governo com uma disparidade de quase 50%. O petista, ainda que tenha efetuado algumas correções, também não resolveu o problema integralmente.  O resultado é que a defasagem acumulada nos últimos 16 anos chegará a 70% em 2011, segundo cálculos do Sindifisco Nacional. O efeito é nefasto para o contribuinte, que paga um Imposto de Renda cada vez maior em relação à proporção do seu salário, em geral corrigido pelo índice oficial de preços.  O governo deveria retomar a política de correção da tabela do IR.

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PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS NA PRODUÇÃO DE VEÍCULOS: 1990 - 2010!
                    
(Estado SP, 09)  Em 1990, o Estado de S. Paulo representava 74,8% da produção de veículos. Minas Gerais 24,5%. Paraná 0,5% e Rio Grande do Sul 0,2%. Em 2010, S. Paulo passou a representar 45,4%, Minas Gerais 24%, Paraná 10,9%, RGS 6,9%, Bahia 6,5%, Estado do Rio 5,1% e Goiás 1,2%.

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CRISE NOS CORREIOS! DOBRA O EXTRAVIO DE CARTAS!
                
Se não bastassem os imbróglios administrativos, os grampos e vídeos dos últimos anos, agora aparece um assunto tão ou mais grave nos Correios. Levantamento feito dentro dos Correios por auditores e sindicalistas mostra que a proporção de cartas extraviadas dobrou. Durante muito tempo, oscilava em torno dos 5%, o que já era um número internacionalmente alto. Pois bem: agora oscila em torno dos 10%. Um número considerado, pelos que fizeram o estudo e compararam com outros países, o maior do mundo.

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TABELA DE IMPORTAÇÕES BRASILEIRAS DA CHINA ENTRE 2005 E 2010!
                  
Destacado do artigo de Fernando Puga e Marcelo Nascimento, economistas da APE- "O efeito China sobre as importações brasileiras".
                  
Importações passam de 8,5% do total para 14,5% do total. Conheça a tabela.
                  
Se quiser ler o artigo todo (8 páginas).

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EVO MORALES: 67% DE DESAPROVAÇÃO EM JANEIRO DE 2011!
           
(AP/EFE/La Nacion, 10) Segundo a pesquisa do Instituto Captura Consulting, publicada no domingo nos jornais bolivianos, o nível de desaprovação de Evo Morales presidente da Bolívia, disparou para 67 por cento.  A pesquisa foi feita na primeira semana de janeiro de 2011. Em Santa Cruz -área da oposição- o apoio a Morales caiu para 10%. Onde Morales é mais popular, como El Alto, (área alta de La Paz onde fica o aeroporto e é muito pobre), o apoio é de apenas 34%. Em janeiro de 2010 quando iniciou seu segundo mandato Morales contava com uma aprovação de 70%.


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