| 1. A presidente Dilma Rousseff informou que dividirá o governo em 4 grandes áreas, agrupando os ministérios com temas afins. Esse é o modelo que foi criado na Prefeitura do Rio em 1993 e funcionou bem até 2008. O modelo se chamava de "Gestão por Macro Funções". Este modelo recebeu elogios formais do Banco Mundial e do BID. As 'equipes' se reuniam pelo menos mensalmente por autoconvocação e com o prefeito, em geral, num almoço de trabalho. 2. Dilma disse também que as reuniões ministeriais não funcionam, pois não se consegue aprofundar nenhum problema. Independente da crítica implícita ao que fazia Lula, nem ele, nem ela, entendem qual a função de reunião com todo o ministério. Na Prefeitura do Rio a reunião era até mais ampla e reunia todo o primeiro escalão, umas 50 pessoas. Ocorria de forma sistemática uma vez por mês, todos os meses, e era aberta às 8h da manhã e encerrada às 19h. 3. A função de uma reunião tão grande era múltipla. Primeiro, fazer todos os secretários se encontrarem fisicamente e conversarem informalmente nos intervalos e almoço. Muitas vezes um secretário não conversa com o outro por seis meses ou mais. Segundo, dar unidade conceitual ao governo, na intervenção do prefeito. Terceiro, ajudar na formação do primeiro escalão, com o convite a um palestrante (um historiador, economista, cientista político, ambientalista...), que aborda um tema importante para essa formação, seja sobre um período da história do Brasil, seja sobre um personagem dela, seja sobre a conjuntura... Finalmente se escolhia uma só secretaria/função de governo para tratar das ações de sua área e se focalizava nela. 4. (Globo, 15) Dilma divide governo em quatro áreas. No entendimento da presidente, agregando as pastas por áreas temáticas será mais fácil obter melhores resultados. As quatro áreas serão: Desenvolvimento Social e Erradicação da Miséria; Desenvolvimento Econômico; Gestão, Infraestrutura e PAC; e Direitos da Cidadania e Movimentos Sociais. (...) A presidente disse que as reuniões ministeriais não funcionam. * * * O QUE O MUNICÍPIO DO RIO TEM FEITO PARA REDUZIR SITUAÇÕES DE RISCO! 1. O governador Cabral, na entrevista coletiva após sobrevoo à região serrana, afirmou que a Cidade do Rio tem 18 mil imóveis em situação de risco, conforme estudo atualizado da prefeitura do Rio. O Globo de domingo (16) disse em matéria sobre o IPTU, que a cidade tem 2.200.000 imóveis registrados. Portanto, são 0,8% dos imóveis em situação de risco. Um número alto, mas que no início dos anos 1980 eram calculados em mais de 5%. A busca de eliminar essa situação equivale a dar continuidade ao que vem sendo feito. 2. (Trecho do artigo 'A melhor resposta à dor' do arquiteto Sergio Magalhães, presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil -IAB-RJ, no Globo, 16). "O Rio de Janeiro é uma cidade que tem aprendido. Das tragédias da década de 60, emergiu o serviço de geotecnia extremamente bem sucedido, da GeoRio. Nesses 40 anos, a cidade tem investido poderosamente na contenção de encostas e na eliminação de risco. O Rio também tem investido na proteção a famílias em risco. É claro que não é simples, considerando-se que a falta de politica habitacional é uma realidade no Brasil. Mas é considerável o esforço do município no reassentamento de famílias, pelo menos desde a década de 90, através do programa 'Morar Sem Risco'." * * * TUNÍSIA: BEN ALI FOGE COM 1,5 TONELADA DE OURO! Segundo o serviço secreto francês e a edição de hoje de Le Monde, a família do Presidente Zine El-Abidine Ben Ali teria fugido da Tunísia com 1,5 tonelada de ouro (45 milhões de euros). Não se sabe ainda como ele e sua família partiram de Túnis. Para alguns, os serviço secreto teria ajudado nessa fuga, inclusive definindo seu destino, uma vez que diversos países, inclusive a França, se recusaram a conceder o asilo. Por fim, conseguiu fazer o avião pousar na Arábia Saudita, na condição de seguir imediatamente para Doha. * * * MORRO DA PROVIDÊNCIA: HISTÓRIA E URBANIZAÇÃO! 1. (Globo, 17) O prefeito do Rio ressaltou neste domingo, durante o lançamento do projeto Morar Carioca, no Morro da Providência, a importância da remoção de pessoas que vivem em áreas de risco. Segundo ele, um levantamento geotécnico feito no ano passado por técnicos do governo municipal mostra que 18 mil famílias residem em locais propensos a desastres naturais. 2. Conheça a história e a urbanização do Morro da Providência. * * * VENDA DE CALMANTES DISPARA NO GOVERNO LULA! POR QUE SERÁ? (Folha SP, 16) A venda do ansiolítico clonazepam disparou nos últimos quatro anos no Brasil, fazendo do remédio o segundo mais comercializado- entre as vendas sob prescrição. Entre 2006 e 2010, o número de caixinhas vendidas saltou de 13,57 milhões para 18,45 milhões, um aumento de 36%. O Rivotril domina esse mercado, respondendo por 77% das vendas em unidades (14 milhões por ano). O levantamento foi feito pelo IMS Health, instituto que audita a indústria farmacêutica, a pedido da Folha. O tranquilizante só perde hoje para o anticoncepcional Microvlar (em média, 20 milhões de unidades por ano). * * * TUNÍSIA, HISTÓRIA, TURISMO, CRISE E QUEDA DO PRESIDENTE-DITADOR! 1. A Tunísia é um país de grande atração turística. Bem perto de Túnis há um bairro mediterranée, com casas de milionários europeus. Ruínas romanas em bom estado. Ali, desde 264 aC, durante quase 100 anos, ocorreram as guerras púnicas entre a República de Cartago (hoje Tunísia) e a República Romana. A segunda guerra púnica exaltou o gênio de um grande general cartaginês, Anibal, que venceu os romanos na sua própria região, mas não se sabe por que não quis entrar em Roma. 2. Um caso ficou gravado na história. Cipião, o africano, general romano, em 202 aC, venceu a batalha de Zama e praticamente eliminou as forças de Cartago. Um oficial de Cipião o viu chorando com a cabeça encostada num escombro. E perguntou: General, depois desta vitória incomparável, por que está chorando? Cipião levantou, de lado, levemente a cabeça e disse chorando: Ah..., o que será de Roma, agora, sem inimigos! 3. Mesmo depois da curta terceira guerra púnica por volta de 140 aC, com os cartagineses escravizados, o senador Catão, no senado romano, insistiu e criou uma expressão que ficou como legenda para outras situações. Todos os seus discursos terminavam com a frase: "Cartago precisa ser destruída" (delenda est Carthago). 4. Fixado na atratividade turística, o presidente-ditador estabeleceu uma política repressiva antidelito/desordem, que tornou Túnis uma das cidades, se não a mais, segura do mundo todo. Mesmo na Medina de Túnis, se caísse um dólar do bolso de um turista no chão, alguém corria para entregá-lo. Qualquer turista sentia os olhos assustados das pessoas, com temor que qualquer gesto fosse entendido como acosso. 5. A Tunísia tem 10 milhões de habitantes, e Túnis, 1 milhão. O regime autoritário do presidente da Tunísia, Zine Al-Abidine Ben Ali, no poder desde 1987, caiu na sexta-feira. O caldeirão repressivo estourou. A renúncia -e fuga para outro país árabe- de Ben Ali ocorreu após o governo decretar estado de emergência e um toque de recolher enquanto milhares de manifestantes protestavam no centro da capital, Túnis. 6. O PIB da Tunísia é de cerca de 100 bilhões de dólares (per capita de 10 mil dólares). É membro 'plenamente associado' da União Europeia e quadragésimo país do mundo em competitividade.
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