Ex-blog do Cesar Maia

DISPARA A PRODUÇÃO DE PASTA BASE DE COCAÍNA NA BOLÍVIA!




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1. A produção de cocaína na Bolívia, especialmente nos departamentos de Cochabamba, Santa Cruz e Beni, duplicou nos últimos 3 anos. Estima-se que deva ter ultrapassado as 150 toneladas. Alguns falam em 200 toneladas.
            
2. As avionetas usadas mais que dobraram de preço e seu uso hoje é percebido por quem trafega nas estradas ou vive no interior. O governo sabe disso, pois seus radares acusam o volume desse tráfego.
            
3. Os traficantes brasileiros que chegavam à fronteira para comprar a cocaína agora compram dentro do país, entrando mais de 200 km para dentro da Bolívia.  A presença de colombianos é crescente, pois são eles que trazem a tecnologia e a sugestão de sementes mais produtivas.
            
4. As autoridades estão passivas, e várias delas dizem, cinicamente, que hoje é a cocaína que mantém a economia ativa e com baixo desemprego. Reprimi-la seria criar mais um problema para o desgaste do governo, dizem.  O trabalho de menor remuneração nas mini refinarias é de 400 dólares, o que impulsionou o valor geral do salário nessas regiões.
            
5. A promessa do novo ministro da justiça do Brasil é que levará as forçar armadas à nossas fronteiras. Então é urgente que leve, e já, para toda extensão da fronteira com a Bolívia. Nas drogas se aplica a lei de Say (toda oferta cria sua própria demanda). Sendo assim, em breve o mercado consumidor brasileiro estará ampliado.

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LUTA CONTRA POBREZA E SUAS CAUSAS NO BRASIL E AMÉRICA LATINA!

Trecho do artigo de Pierre Salama -professor emérito das Universidades Cnrs-Cepn, Centro de Economia de Paris- à revista Fórum DRS. Nov/Dez 2010.

1. A redução da pobreza depende relativamente pouco das políticas de assistência. Três fatores podem aumentar ou diminuir a dimensão da pobreza, sua profundidade e as desigualdades entre os pobres: o nível das desigualdades econômicas, a taxa de crescimento do PIB, o aumento ou a redução das desigualdades econômicas. Esses três fatores caracterizam o que chamamos de o triângulo da pobreza, segunda a expressão de Bourguignon. As desigualdades de rendas produzidas pelo mercado podem ser reduzidas pelas políticas sócio fiscais. É o que observamos na Europa, e não é o que observamos na América Latina, apesar das novas políticas de transferência monetárias condicionadas, realizadas no começo dos anos 2000.

2. As causas fatoriais: o triângulo da pobreza. O "triângulo da pobreza" lembra o "triângulo das Bermudas" na América Latina, zona conhecida pelas suas fortes turbulências meteorológicas. São as políticas de transferências de rendas (presença na escola, vacinação) que foram executadas nos anos 2000: Bolsa Família no Brasil, AUH na Argentina, Opportunidades no México, etc.

3. O "triângulo das Bermudas" na América Latina. Analisemos os efeitos destes três fatores. Para uma taxa de crescimento dado e uma estabilidade da divisão das rendas, quanto mais o nível das desigualdades é elevado, mais fica difícil de reduzir a pobreza. Na realidade, quanto mais as desigualdades são elevadas, maior é a distância entre a renda média dos pobres e a linha da pobreza, portanto, mais longo fica o caminho para atingir e ultrapassar esta linha e diminuir então a taxa de pobreza. Por outro lado, quanto mais a taxa de crescimento é elevada e regular, se todos os outros aspectos estiverem iguais (nível de desigualdades estável), mais a dimensão e a profundidade da pobreza diminuem.

4. Na prática, a distância até a linha de pobreza é alcançada mais rapidamente uma vez que o crescimento aumenta, com a condição de que essa taxa de crescimento, a renda média dos pobres e a linha da pobreza tende a diminuir, e vice-versa. Essa diminuição das desigualdades pode ser ao mesmo tempo um produto de um aumento do salário mínimo mais elevado que a taxa de crescimento, um produto de uma diminuição dos empregos informais, de uma política de transferências de rendas, e finalmente da natureza do regime de crescimento.

5. O aumento da taxa de crescimento, a redução da sua volatilidade de 2002 a 2008, a diminuição modesta das desigualdades, explicam a queda recente da pobreza constatada nas principais economias latino-americanas. A regularidade do crescimento é uma condição importante. Uma taxa de crescimento média regular do PIB pode ter uma eficácia mais elevada sobre a redução da pobreza do que uma taxa de crescimento média do PIB mais elevada.

6. De fato, a volatilidade do crescimento tem efeitos distributivos. Por exemplo, em caso de crise, as desigualdades aumentam em geral, e esse aumento é negativo sobre a pobreza. Observamos também um atraso entre o ciclo do PIB e o ciclo das rendas dos trabalhadores e das camadas modestas da população, e esse atraso retarda as recuperações do nível de vida dessas camadas.

7. Conheça o artigo completo.

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AINDA O ENEM E SEUS PROBLEMAS!

(LCM) Outra distorção apontada é a seguinte: Agora, qualquer aluno que opte por se certificar no Ensino Médio a partir da nota do ENEM, pode, a qualquer momento do seu período de estudos, depois de alcançar a nota da prova, abandonar a escola. Muitos alunos que estão no 1º ou 2º ano do Ensino Médio, depois de alcançarem 400 pontos nas matérias básicas e 500 pontos em redação, o que é uma média baixa, irão interromper a formação no Ensino Médio. Isso irá desestimular o término do Ensino Médio. Volta aos anos 20. JK completou o ensino médio num sistema de provas anual. Era assim.

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REUNIÃO DA UPLA EM SANTA CRUZ DE LA SIERRA!

(Radar Online, 19) Rumo à Bolívia. Cesar Maia embarca hoje para a Bolívia. Participa de reunião da União de Partidos Latino-Americanos (UPLA) durante o feriadão. A propósito, Cesar já decidiu que, este ano, viajará para acompanhar eleições no Peru, Argentina, Guatemala e Nicarágua.

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BRASIL E PARAGUAI DÃO ASILO A PERSEGUIDOS POLÍTICOS DE EVO MORALES!
                   
(El País, 20) Las autoridades bolivianas no han ocultado su disgusto por la concesión de asilo político en Paraguay y Brasil a cuatro opositores al Gobierno de Evo Morales implicados en Bolivia en dos procesos judiciales distintos.   El lunes se conoció que Brasil ha otorgado asilo al juez de Santa Cruz Luis Hernando Tapia Pachi y a otras dos personas, los tres vinculados con la investigación del polémico caso Rózsa, la presunta conspiración para acabar con la vida de Morales. Mientras, el martes, la Comisión Nacional de Refugiados (Conare) de Paraguay otorgó protección al defenestrado gobernador del departamento boliviano de Tarija, Mario Cossío, quien había entregado grabaciones de audio y vídeo como prueba del compló que militantes del partido gobernante, el Movimiento al Socialismo (MAS) de Evo Morales, presuntamente preparaba para derrocarle.

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ARGENTINA PASSA O CHILE NA EXPORTAÇÃO DE VINHOS PARA OS ESTADOS UNIDOS!

(Clarín, 18) 1. A Argentina ultrapassou o Chile na exportação de vinhos para os EUA. Agora ocupa o quarto lugar atrás da Itália, França e Austrália. Ano passado, as exportações de vinhos argentinos aos EUA alcançaram US$ 222 milhões, contra US$ 210 milhões do Chile. Essa tendência começou em 2005 e triplicou até 2010. No mesmo período, as vendas do Chile cresceram 17%. As exportações argentinas para todo o mundo alcançaram US$ 860 milhões.

2. O grande momento do vinho argentino nos EUA se explica basicamente pela excelente performance do Malbec. A crise nos EUA levou a uma transferência de importação dos vinhos europeus na faixa de US$ 40 a 50. Aí avançou o Malbec com preço de exportação entre US$ 15 e 25. O crescimento muito concentrado no Malbec é perigoso. Assim opinam no Chile, quando comparam o boom argentino com a experiência da Austrália, que apostou por um varietal (o shiraz) e por um mercado (Estados Unidos) e hoje suas vendas estão em retrocesso.

3. Os exportadores argentinos dizem que a Argentina, ao contrario da Austrália, tem diversidade, com outras variedades importantes como bonarda, torrontés ou cabernet, e por isso não haveria esse risco.











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