Ex-blog do Cesar Maia

Reunião da UPLA


Cesar Maia

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1. A União de Partidos Latino-americanos (UPLA) reuniu-se neste fim de semana, em Santa Cruz, Bolívia, para avaliar o quadro político continental e abrir o ano em que a Carta Democrática da OEA (Organização dos Estados Americanos) cumpre 10 anos e requer ajustes.

2. A UPLA, após essa reunião, caminha para incorporar as demais organizações latino-americanas que representam os partidos de centro e centro-direita do continente. Com isso, as duas internacionais, a IDC (democrata de centro) e a UDI (união democrata), que congregam os partidos de centro e centro-direita europeus e norte-americanos, passarão a ter uma só representação política na América Latina. No Brasil, o Democratas é o membro integrante, ocupando, inclusive, a vice-presidência da UPLA.

3. O foco principal da reunião foram as emendas à Carta Democrática (CD) da OEA com vistas a seu aperfeiçoamento. A CD, já em seu artigo primeiro, restringe aos governos dos países membros qualquer acesso a OEA. Entende a UPLA que o direito a voto deve ter essa restrição. Porém, assim como em outras organizações, incluindo a ONU, deve se abrir canais para que os demais poderes dentro desses países, partidos e organizações da sociedade civil possam encaminhar à secretaria geral questões, problemas e denúncias para análise da OEA e, se for o caso, serem submetidas aos demais membros.

4. Na medida em que a CD define como membros integrantes aqueles que respeitam o jogo democrático, sugere-se uma comissão de alto nível para avaliar os países e encaminhar relatórios anuais.
                
5. Deve-se entender democracia não apenas a observância das regras para acesso ao poder, mas também o respeito às regras democráticas no exercício do poder. Finalmente, transformar a Carta Democrática -um documento que efetivamente produziu avanços- em um Tratado de forma a gerar efeitos vinculantes.

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DÉFICIT EM CONTA CORRENTE NO BALANÇO DE PAGAMENTOS!
        
Trecho da entrevista do economista John Williamson, do Institute for Internacional Economics. Folha SP (23).

FSP- Quais são os maiores riscos associados ao real forte?
R- Isso implica um déficit em conta-corrente. Mas é necessário mantê-lo em um nível razoável. Um déficit de 2%, 3% do PIB (Produto Interno Bruto) é sustentável, mas, se o déficit chegar a 5%, 6% do PIB, levantaria preocupações sobre o futuro do Brasil.

FSP- Há risco de que os mercados se tornem menos indulgentes com o Brasil?
R- Sim, essa é a preocupação, claro. Um déficit em conta-corrente chama problemas para o futuro. Aumenta o nível da dívida em relação ao PIB e não se sabe quanto dessa dívida os mercados vão aceitar.  Não acho que seja uma preocupação de curto prazo. Mas isso é justamente o que causa preocupação, porque governantes podem se "safar" no curto prazo, mas...

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'BLUE STATE DIGITAL' DIZ QUE FEZ A CAMPANHA DA DILMA E CONTA!

Resumo do texto.
        
1. O Desafio. Apoiada por Lula, o popular presidente, Dilma entrou na corrida presidencial em uma posição forte. Mas como candidata pela primeira vez, pouco conhecida, ela enfrentou uma batalha difícil. E o lançamento de uma campanha no Brasil apresentou seus desafios peculiares:  * As campanhas políticas brasileiras geralmente não geram a participação direta do eleitor. /  * O prazo oficial de campanha foi de apenas três meses, o que fez mobilização em massa especialmente difícil. /  *As  Leis campanha on-line estavam sendo escritas e interpretadas durante a eleição.          

2. O Programa. Antes de podermos ativar a participação popular, tivemos de mudar a percepção de como um candidato presidencial interage com os eleitores. Também ajudou a introduzir a Dilma real para o Brasil, porque ela tinha estado raramente no centro das atenções antes da campanha. Para humanizar a candidata, nós fornecemos aos adeptos  a oportunidade de interagir com ela: para compartilhar suas ideias, suas histórias, e suas esperanças para o futuro.
    
3. Isso também foi importante para demonstrar a continuidade entre Dilma e seu antecessor imensamente popular, Lula. Pedimos aos brasileiros para compartilhar suas experiências a partir da administração passada, e depois usamos essas histórias para dar ressonância emocional para as profundas mudanças sociais e econômicas no Brasil durante os últimos oito anos. Criamos também uma seção de recursos onde os brasileiros poderiam aprender sobre as melhorias incríveis no governo Lula e como Dilma as levaria por diante.
    
4. A nossa campanha on-line envolveu diretamente os apoiadores de Dilma via todos os canais disponíveis. A candidata lançou uma página no Twitter. Via e-mail, em particular, fomos capazes de atingir apoiadores ativos, dizer-lhes sobre as viagens de Dilma, convidá-los a eventos off-line, e pedir que compartilhem suas esperanças para o futuro do Brasil.
    
5. Os Resultados. * Compromisso Online. Mais de 4,5 milhões de pessoas visitaram sites de campanha, e milhares compartilharam histórias sobre suas esperanças para o Brasil e seu apoio a Dilma./ * Construção da comunidade. Em menos de seis meses, mais de 200.000 pessoas se inscreveram para atualizações por e-mail./ * Social Media. O Twitter da campanha atraiu mais de 350 mil seguidores em menos de seis meses.

6. Conheça o texto completo.

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GABEIRA, COMO REPÓRTER ESPECIAL DO ESTADO DE SP (23), VAI À VENEZUELA E COMENTA. TRECHOS!
         
1. Antes de sair do Brasil, li nos jornais do Estado de Bolívar que estava faltando farinha. No tempo em que passei em Caracas, não só a farinha, mas também o açúcar e a margarina estavam em falta em Bolívar. Os produtores antecipam uma alta, pois, com a unificação cambial, caiu o dólar especial, que era comprado por 2,3 bolívares. O dólar agora vale 4,3 bolívares, mas, ainda assim, é uma cotação romântica, porque no mercado paralelo custa o dobro. Fui abordado por muitas pessoas querendo comprar dólar no paralelo.
       
2. A Venezuela, com 27 milhões de habitantes, registrou 18 mil assassinatos, dos quais apenas 3% foram resolvidos. A questão da segurança aqui é mais sensível do que no Rio. Não só há portas e trancas por toda parte, como muito medo. Quando resolvi usar uma câmera grande, porque me deslocava de táxi, o motorista ficou assustado com os motociclistas que se aproximavam. Nos primeiros metros, ele fechou o vidro e jogou um jornal no meu colo, para cobrir a câmera. Ao caminhar pelo Capitólio com a compacta, algumas pessoas me olhavam como se fosse um toureiro entrando na arena. Em que momento viria o primeiro golpe?














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