Ex-blog do Cesar Maia

ÁLVARO GARCIA LINERA GOVERNA A BOLÍVIA: EVO MORALES É APENAS O SÍMBOLO QUE ELE USA!


Cesar Maia

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1. Linera é vice-presidente da Bolívia e presidente do congresso boliviano. É marxista, teórico e militante, e ídolo dos nossos marxistas, como Emir Sader e Marco Aurélio Garcia. É Linera quem manda no governo. Tem todos os poderes e busca reviver a experiência dos governos comunistas da segunda metade do século passado. Está certamente à esquerda de Chávez e é muito mais ideológico que ele. Tem Cuba e Fidel Castro como referência e quer implantar seu modelo na Bolívia. Evo Morales assusta pouco os democratas na Bolívia. Linera assusta muito. A própria percepção que faz de governos como Venezuela, Equador e Nicarágua é extremamente crítica.

2. O uso de Evo Morales como símbolo é uma mistificação. Evo Morales não sabe falar quechua ou aymara. Era líder sindical dos cocaleiros e não líder indígena. Por sua imagem, assume a questão indígena instruído por Linera que, com isso, pretende realçar elementos de comunidades pré-colombianas proto-comunistas e romper com a cultura ocidental e a memória da colonização espanhola. Seguem trechos de sua entrevista ao jornal "El Deber!", de Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, de domingo, 23 de janeiro de 2011.

3. Fomos vanguarda na reunião de Cancun e a história nos dará razão. Muito 'leninisticamente' falando, há que ir contra a corrente. Hoje Bolívia tem posturas coerentemente de vanguarda. Hoje está só, mas garanto que em algum tempo não estaremos. Como dizia Fidel Castro: A história nos absolverá. Não há refugiados políticos bolivianos: são delinquentes prófugos. A verdade triunfa; ninguém pode ir contra a verdade. O passo seguinte será eleição direta para juízes e ministério público. Sempre há oposição, seja externa, seja interna. Este não é o fim da história, é a dinâmica da dialética da história. Sempre tem que haver a luta de contrários, para que assim saia a linha correta, no sentido maoista. Agora estamos na etapa de triunfo do modelo, consolidação de sua hegemonia e início do descolamento. Querer bloqueá-lo é simplesmente ir contra a história: não se pode.

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ESTADO DE SP, ESTADO DO RIO E ESTADO DE MINAS: CONTAS REGIONAIS! IBGE!

1. Participação no PIB. 1995, 2002,2007, 2008. Estado SP: 37,3%, 34,6%, 33,9% e 33,1% \ Estado do Rio: 11,2%, 11,6%, 11,2%, 11,3% \ Estado de MG: 8,6%, 8,6%, 9,1%, 9,3%.

2. Indústria Total: 1995 e 2008: participações. Estado de SP: 44,4% e 33,95 \ Estado do Rio: 8% e 12,7% \ Estado MG: 9,1% e 11%.

3. Indústria de Transformação 1995 e 2008: participações. Estado de SP: 48,7% e 43,7% \ Estado do Rio: 5,9% e 6,3% \ Estado MG: 8,5% e 10,7%.

4. Serviços. 1995 e 2008: participações. Estado de SP: 35,6% e 33,4% \ Estado do Rio: 13,4% e 11,6% \ Estado MG: 7,6% e 8,4%.

5. Administração Pública. 1995 e 2008: participações. Estado de SP: 20.7% e 19% \ Estado do Rio: 14,6% e 12,7% \ Estado MG: 7,3% e 8,2% \ (Distrito Federal: 15,7% e 13,7%).

6. Peso da Adm. Pública no PIB regional 1995 e 2008. (Distrito Federal: 50,3% e 53,6%) Estado de SP: 8,8% e 9,3% \ Estado do Rio: 20,3% e 17,9% \ Estado MG: 13,3% e 13,6%. (Brasil: 15,6% e 15,8%).

7. Agropecuária. 1995 e 2008: participações. Estado de SP: 10,4% e 7,9% \ Estado do Rio: 1,6% e 0,8% \ Estado de MG: 17,3% e 15,3% \ (Em 2008: RGS 11,9%, Paraná 9,6%, Mato Grosso 8,9%, Bahia 5,9% e Goiás 5,6%).

8. Relatório completo do IBGE.

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O QUE OCORRERIA COM A ARGENTINA NO CASO DE DESVALORIZAÇÃO DO REAL?
            
(Roberto Cachanosky - La Nacion, 28) "Lo primero que viene a la memoria es 1999 cuando Brasil devaluó su moneda en enero de ese año. Hasta ese momento la economía argentina venía creciendo a pesar de la crisis rusa, pero con la devaluación en Brasil el PIB disminuyó el 2,5% en el primer trimestre de 1999; el 5%, en el segundo; otro 5%, en el tercero; y ya en el cuarto trimestre comenzaba a frenarse la caída de la actividad económica. A raíz de la devaluación en Brasil, las exportaciones argentinas a dicho país cayeron el 28,4% en 1999."

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MILITARES MEXICANOS TREINADOS PELOS EUA VIRAM SICÁRIOS!

(El País, 24) 1. Em 2009, a Embaixada dos EUA no México informou que militares treinados pelos EUA passaram para o lado do Cartel 'Los ZETAS'. Um deles esteve envolvido em um atentado fracassado contra um ex-Procurador-Geral Adjunto. Washington treinou, no México e nos EUA, 5.000 militares mexicanos desde 1996, incluindo membros das Forças Especiais, que serviram, depois, como destacados membros de Los Zetas. Foi feita uma lista de todos Los Zetas presos, mortos e identificados e confrontadas as suas identidades com os nomes e sobrenomes dos 5.000 soldados que receberam o treinamento.

2. Por exemplo. López Villafana recebeu treinamento contra o narcotráfico em Fort Bragg, e o exército mexicano informou a Embaixada que Lopez deu baixa em 2007, após 20 anos e oito meses de serviço. O interesse e a dedicação da embaixada para confirmar a possível mudança de campo por militares treinados pelos EUA mostra a gravidade da infiltração do crime organizado nas instituições e quartéis.

3. "A partir do momento em que não sabemos o nome de cada soldado mexicano que foi para o lado de Los Zetas, não podemos descartar categoricamente essa possibilidade", disse a informação da embaixada. "É impossível garantir que cada soldado mexicano que receba nosso treinamento no futuro não irá passar para o crime organizado. No entanto, estamos confiantes de que a legislação que condena a 60 anos de prisão os soldados que tenham sido cúmplices do crime organizado será uma ferramenta útil de persuasão".

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ELEIÇÃO PRESIDENCIAL NO PERU EM ABRIL: LÁ COMO AQUI...!
            
Três temas estão na primeira página dos debates entre candidatos presidenciais no Peru: despenalização do consumo de drogas, autorização do aborto e permissão do casamento civil homossexual. Alejandro Toledo tomou uma posição favorável a essas três propostas e está sendo alvo de duros ataques da Igreja Católica e de seus principais adversários na disputa presidencial, Luis Castañeda e Keiko Fujimori.

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TUNÍSIA: EMBAIXADOR FRANCÊS ERRA TUDO E É SUBSTITUÍDO!
                
Já não há mais as indispensáveis garantias de sigilo para um Embaixador enviar comentários à sua Chancelaria. A edição de hoje de Le Monde transcreve trechos da comunicação do Embaixador francês em Túnis, Pierre Ménat, na noite do último dia 13, pouco antes da queda de Ben Ali. Nele, o diplomata acredita na estabilidade do regime tunisino e assegura que o discurso proferido na televisão por Ben Ali lhe permitiria "retomar o controle da crise". Pierre Menat já foi substituído por Boris Boillon, Embaixador da França em Bagdá, amigo de Nicolas Sarkozy.

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OBAMA VAI AOS GRANDES TEMAS E DEIXA PARA TRÁS AS PRIORIDADES LEGISLATIVAS!

(Matt Bai - New York Times - La Nacion, 27) 1. Apesar de todas as especulações antes do discurso sobre o Estado da União de Barack Obama, a mudança mais profunda do pronunciamento não foi seu deslocamento da esquerda para o centro, mas sim um distanciamento das prioridades legislativas para dedicar-se a narrar uma história americana mais ampla. Depois de dois anos absorvido nos detalhes do processo legislativo, Obama disse que estava pronto para dedicar-se mais uma vez aos grandes temas. O Presidente apresentou uma narrativa da vida dos americanos evocando as imagens da época da Grande Depressão e as notícias da Guerra Fria, ao invés da legislação específica que havia proposto ou que diziam que iria recomendar.

2. No ano passado, em seu primeiro discurso sobre o Estado da União, Obama gastou muito tempo falando sobre os méritos de seu programa econômico e solicitando ao Congresso a aprovação de leis destinadas a criar empregos e reformar o sistema de saúde. Em vez disso, à noite, (25), dedicou apenas dois parágrafos à lei sobre o sistema de saúde. Obama não é o primeiro presidente a ascender à Casa Branca apoiado pela força de uma história atraente, e depois se perder nas minúcias das disputas parlamentares. O presidente Bill Clinton também se lançou as negociações legislativas quando assumiu a presidência em 1993.

3. Como Obama, Clinton ampliou seus horizontes depois de perder o controle tanto da Câmara dos Deputados como do Senado em 1994. Em seu segundo discurso sobre o Estado da União, Clinton retomou a sua ideia de uma "nova aliança" entre o governo e os cidadãos. Até aqui, Obama tem estado mais envolvido nas negociações do outro lado da Pennsylvania Avenue e menos dedicado ao contato com o público. Provavelmente isso ocorre porque foi senador, o primeiro eleito diretamente para a presidência em quase meio século.












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