"Não é apenas mais uma tragédia, essa de proporções inimagináveis, já considerada até por respeitáveis órgãos internacionais, como "a maior da nossa História". É a catástrofe da imprudência oficial, do descaso, da desatenção, do descuido e da cumplicidade".
Hélio Fernandes
Teresópolis ainda nem havia enterrado seus mortos e o prefeito Jorge Mario Sedlacek (PT) já calculava em R$ 590 milhões o dinheiro federal necessário para "reconstruir" a cidade.
De onde essa soma? Em três dias, quando muitas áreas atingidas ainda não haviam sido alcançadas, nenhum gênio seria capaz de fazer estimativas. Mas o prefeito Jorge Mário Sedlacek já tinha os números na ponta da língua...
...Enquanto a população procura na solidariedade incansável amenizar o sofrimento das vítimas e até mesmo purgar o seu descuido na escolha dos governantes, os abutres querem saber é por onde tirarão seus ganhos das facilidades oferecidas pela situação de calamidade configurada, de fato, no desespero generalizado, e de direito, no decreto do governador.
Daqui a pouco, a catástrofe sairá da mídia e se transformará numa pálida lembrança de um povo acostumado a tais infortúnios na mansidão cultivada conforme os hábitos e costumes destes dias mal inspirados.
Os abutres sabem que para suas incursões insaciáveis não há áreas de risco. Afinal, vivem num país onde reinam os picaretas, encastelados nas fortalezas do Estado e nos seus anexos terceirizados, fruindo de um ambiente de tal promiscuidade que amaldiçoa como inconveniente quem não reza por sua cartilha.
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